Um dos suspeitos de ter participado de sequestro e arrastão em prédio na Tijuca, na Zona Norte do Rio, estava escondido nas dependências do edifício e voltou a provocar pânico e tiroteio na tarde deste domingo (15) pelas ruas do bairro. Depois de um cerco da polícia, ele foi preso.
O suspeito foi apontado por uma das vítimas quando tentava sair do prédio se passando por morador. Ele estava armado. Ao perceber que havia sido identificado, começou a correr, sendo perseguido pela polícia, que fez alguns disparos.
O homem em fuga, de camisa listrada, entrou em outro prédio, causando pânico entre moradores e pedestres. A polícia fez um cerco no local e conseguiu prendê-lo.
Na saída do prédio, conduzido algemado pela polícia, alguns populares ainda tentaram linchá-lo. Ele foi levado para a 19ª DP (Tijuca). A polícia ainda procura os outros integrantes da quadrilha.
Como foi a ação da quadrilha
O grupo invadiu e assaltou o prédio na Tijuca depois de sequestrar um morador que estacionava seu carro na Lagoa, na Zona Sul do Rio. A vítima foi abordada por criminosos em um carro preto. Os suspeitos se dividiram e seguiram no próprio carro e no carro da vítima, para a residência do mesmo, na Rua 18 de Outubro, na Tijuca.
Chegando ao local, os suspeitos renderam mais algumas pessoas que estavam na portaria. O estudante de Direito, Caio Cardoso da Silveira, de 22 anos, passava pela portaria para ir com o pai até a padaria, quando foi rendido. “Ele me perguntou em que apartamento eu morava. E eu disse que era na cobertura, ele então encaminhou eu, meu pai e mais algumas pessoas rendidas na portaria até lá”, explicou. Com a chegada da polícia, houve troca de tiros e um morador, feito refém, ficou ferido. Um policial foi baleado durante a ação.
Ameaças de morte
Além de Caio, a mãe dele, um irmão e um amigo estavam no apartamento, e junto com os outros reféns, foram amarrados. ”Eram três criminosos na minha casa. Um deles pediu que eu amarrasse os moradores, pegamos lençóis e os amarramos. Haviam dois bebês e dois idosos, entre os reféns. Ele dizia: vou matar sua mãe na sua frente, depois vou matar você”, contou a vítima.
Caio disse que um dos suspeitos recebia telefonemas durante o assalto, e que o ajudou a recolher objetos de valor que estavam em sua casa, como computadores e televisões. “Depois que eu ajudei a recolher as coisas, ele falou que a gente ia descer e fomos pela escada. Ele me feriu com uma faca de cozinha na mão e na perna e eu estava com um lençol amarrado na boca”, relatou.
Ao chegar no segundo andar, Caio teria se deparado com alguns policiais que já haviam sido chamados. A partir daí, aconteceu uma perseguição e Caio conseguiu se esconder no play. O confronto entre criminosos e a polícia aconteceu na portaria do prédio, e um dos vidros do carro dos suspeitos, que estava estacionado em frente ao edifício, foi atingido.
Morador sequestrado
Segundo o filho do morador que foi sequestrado na Lagoa, e preferiu não se identificar, os criminosos além de invadirem a cobertura onde Caio mora, também foram até o apartamento dele para tentar roubar alguns pertences. A vítima sequestrada e seu filho não foram feitos reféns na cobertura.
A polícia não encontrou os criminosos no prédio e segundo testemunhas, três deles teriam fugido pela própria rua. A polícia disse ainda que outro assaltante fugiu pelo play, mas ele foi preso no início da noite.
Na fuga, roubo de outros carros
De acordo com a Polícia Militar, o PM baleado é sargento do 6º BPM (Tijuca) e levou quatro tiros - no pescoço, panturrilha e no joelho. O fuzil utilizado pelo policial também foi atingido por um disparo. O militar está sendo operado no Hospital Central da Polícia Militar. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
Segundo a polícia, pelo menos cinco homens suspeitos estariam envolvidos na ação, e que, durante a fuga, eles chegaram a roubar alguns carros.
Fonte: G1
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