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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Documentos apontam condição insalubre e contaminação de beagles do Royal

USP, Unicamp e Unesp compraram os cães legalmente para testes de odontologia e disfunção erétil, entre outros

Quase três meses depois da invasão do Instituto Royal, quando ativistas retiraram 178 beagles do laboratório em São Roque, interior de São Paulo, o Ministério Público se aproxima de ter uma conclusão sobre as denúncias de maus-tratos contra os animais. O iG teve acesso a cópias dos relatórios da veterinária e do biólogo que foram convidados pelo órgão para fazer uma vistoria no local em 2012 e 2013, além de cópias de papéis – a que ativistas tiveram acesso em outubro – que mostram a contaminação dos cachorros por doenças por causa das “condições insalubres” em um dos canis.
De acordo com os documentos que constam no inquérito civil, que segue em segredo de Justiça sob supervisão do promotor Wilson Velasco Júnior, “o canil estoque” era o setor problemático dentro do Instituto Royal. O local abrigava os beagles que já tinham sido desmamados, mas ainda seriam usados em experimentos. Assinado em 18 de março de 2013 pelo biólogo Sérgio Greif, ativista dos direitos dos animais, o texto diz que o ambiente tinha condição “estressante e insalubre”.
Nesse ambiente, os beagles permaneciam em gaiolas dispostas lado a lado em salas fechadas, onde o odor de fezes e urina era forte. No relato, o profissional diz que era possível sentir o cheiro já no "meio externo", no pátio da recepção do Instituto. "O latido de um indivíduo incita todos os demais a latir, criando uma condição estressante e insalubre”, explica o profissional no documento.
“As gaiolas são colocadas a uma distância do chão, de modo a facilitar a limpeza, no entanto, por ocasião da inspeção, verificou-se que na sala onde estavam abrigados os machos o piso das gaiolas já se encontrava sujo de fezes e pisoteado pelos animais, e seria naquele local que os cães passariam a noite, ou seja, os cães necessariamente teriam de dormir sobre as próprias fezes”, afirma o parecer. Também segundo Greif, durante o dia os animais do “canil estoque” só tinham acesso a uma área de recreação coberta e, portanto, tinham contato com luz natural por meio de janelas em vez de “banho de sol”.
Coincidentemente, os documentos acessados pelos ativistas em 18 de outubro mostram que, em janeiro de 2013, vários beagles estavam contaminados com giárdia, um protozoário que ataca o intestino e se espalha para outros animais, principalmente pelo contato com as fezes. O protozoário também pode infectar humanos.
As conclusões de Greif confirmam uma situação que já tinha sido constatada em 2012, quando o Ministério Público solicitou a ajuda da veterinária Rosângela Ribeiro, gerente de programas veterinários da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal). No parecer de 14 de agosto de 2012, ao qual o iG teve acesso, Rosângela também critica o "canil estoque". “(Os cachorros) começavam a latir muito, demostrando um grande estresse físico e psicológico. Um dos funcionários me ofereceu um protetor auricular, demostrando que aquele local tinha problemas constantes com o barulho causado pelo latido e vocalização crônica dos cães ali albergados. Sendo esse um forte indício de estresse físico e psicológico e sofrimento”, explica no texto ao Ministério Público.
Em julho de 2013, após os relatórios de Rosangela e Greif, o Ministério propôs que o Instituto Royal assinasse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para, entre outros pontos, ser suspenso o uso de gaiolas no setor estoque. Em setembro, os advogados do Royal aceitaram firmar o termo e se comprometeram a reformar o local, substituindo as gaiolas por baias, como acontecia no setor maternidade e experimental.
Doações, vendas e eutanásia
Apesar de os documentos acessados pelos ativistas não deixarem claro todos os procedimentos que eram feitos nos beagles, alguns papéis citam que parte dos animais havia passado por estudo de “lodenafila”, substância usada, principalmente, para tratamento de disfunção erétil. Os mesmos documentos mostram que a Royal vendia legalmente alguns beagles para professores e pesquisadores externos.
A reportagem teve acesso a contratos de venda que mostram que, entre agosto de 2010 a maio de 2013, 69 cachorros foram comercializados com acadêmicos ligados a universidades particulares e públicas, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista. Desse total, 51 foram comprados por pesquisadores da área de odontologia, 15 por professores ou doutorandos da área de veterinária e três por um médico que tem como tema de estudo a disfunção erétil.
m agosto de 2010, por exemplo, uma professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP adquiriu 15 beagles por aproximadamente R$ 29 mil. Os animais foram entregues ao Departamento de Patologia Veterinária, o que significa que eles podem ter passado por experimentos sobre doenças aos quais os próprios animais estão sujeitos.
Mas os beagles não saíam apenas para experimentos. Como foi divulgado pelo instituto na época da polêmica, alguns dos cães também era doados para pessoas que quisessem cuidar deles. Com indicação de conhecidos, o Royal entregava os cachorros que tinham sido usados em experimentos, mas cujo protocolo não obrigava sacrifício.
Além disso, há registros de doação de cães que tinham tido a função de “matrizes” - ou seja, gerar ninhadas -, de cachorros que estavam “irremediavelmente debilitados” e, ainda, de animais que já não tinham mais idade para venda. Em um dos documentos do inquérito, o Instituto Royal afirma que, em média, 17 cachorros eram doados por ano. Por outro lado, no período de 2011 e 2012, pelo menos 40 cães, 12 coelhos, 150 camundongos e 500 ratos foram submetidos à eutanásia dentro do Royal.
Outro lado
iG procurou o Instituto Royal, mas, depois que o laboratório fechou, ninguém quis responder as informações obtidas pela reportagem. Já Marcelo Marcos Morales, coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) na época da invasão do Royal, criticou o biólogo e a veterinária convocados pelo Ministério Público para fazer o relatório.
“Não tinha indício de maus-tratos. O que aconteceu? Fizeram uma denúncia e o promotor de São Roque colocou uma pessoa lá. Uma que se diz cientista, não é cientista, é bióloga. Tinha uma coisa muito tendenciosa nesse inquérito. Não havia nenhuma irregularidade. São coisas que são da cabeça deles (veterinária e biólogo)”, explica.
Morales admitiu, no entanto, que o Concea não verifica se os laboratórios que pedem credenciamento para fazer experimentos com animais cumprem o que diz a Lei Arouca, como é chamada a legislação, de 2008, sobre o uso de animais no ensino e na pesquisa. “Partimos do princípio de que os laboratórios estão de acordo com os documentos entregues ao Concea. Se há alguma denúncia, e isso é comprovado, então o laboratório fica em maus lençóis”, argumenta.
Fonte: IG

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Após denúncia de maus-tratos, ativistas levam animais da Royal Canin

Dezenas de ativistas invadiram, na madrugada desta sexta-feira (18), o laboratório do instituto Royal, em São Roque, a 59 km de São Paulo, e levaram vários animais do complexo, informaram a Guarda Municipal da cidade e a Polícia Militar (PM) da região. A manifestação foi motivada por suspeitas de maus-tratos aos bichos no local.

Os manifestantes acusam o laboratório de maltratar animais como cães da raça beagle, ratos e coelhos usados em testes laboratoriais de produtos cosméticos e farmacêuticos. Os ativistas afirmaram nas redes sociais que a empresa pretendia sacrificar os animais.
Ao Bom Dia São Paulo, o instituto Royal afirmou que realiza todos os testes com animais dentro das normas e exigências da Anvisa e que a retirada dos animais do prédio prejudica o trabalho que vinha sendo realizado. Segundo o laboratório, que classificou a invasão como ato de terrorismo, a ação dos ativistas vai contra o incentivo a pesquisas no país.
Manifestantes disseram que o laboratório tinha mais de 200 animais no local.
A Guarda Municipal da cidade informou que o protesto reuniu 120 pessoas, e que a maior parte invadiu o complexo após quebrar um portão por volta de 2h. A corporação confirmou que muitos ativistas levaram em seus carros animais do laboratório.

A PM de Sorocaba, que atende a região, informou que 50 pessoas entraram no imóvel, deprederam áreas do complexo e levaram vários animais em carros particulares.
Até por volta das 4h, não havia registro de confronto entre policiais e manifestantes. A PM, no entanto, pretendia levar para a delegacia local representantes do movimento, que poderiam, segundo a polícia, serem enquadrados por invasão, depredação e roubo de animais. Mas até esse horário ninguém havia sido detido.
O protesto começou por volta das 20h, e ganhou maior adesão no fim da noite. Os ativistas passaram boa parte da madrugada no local.
Segundo relatos de manifestantes, foi possível ouvir latidos supostamente de dor de cães.
No fim da noite de quinta-feira (17), a Polícia Civil de São Roque informou que registrou um boletim de ocorrência sobre a denúncia de maus-tratos.
Os manifestantes cercaram o complexo e tentaram vistoriar veículos do laboratório. Houve um princípio de confusão porque um dos motoristas da empresa se negou a abrir o carro.
A Guarda Municipal enviou quatro equipes ao local, duas para cada portão da empresa. A PM informou que deslocou 6 equipes por volta das 3h30.
O protesto acontece desde sábado (12), mas ganhou adesões nesta quinta por causa de boatos de que a empresa estava preparando a retirada e o sacrifício dos animais, depois que três vans e um caminhão de pequeno porte entraram no laboratório durante a tarde.
Uma reunião estava marcada para o fim da tarde desta quinta-feira, com a presença de ativistas dos direitos dos animais, funcionários da prefeitura e representantes do laboratório. O encontro foi cancelado porque a empresa informou que, por segurança, não mandaria um representante.

 

Nota de esclarecimento
A empresa Royal Canin, multinacional de origem francesa que fabrica alimentos para animais domésticos, divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira (18) informando que, apesar da similaridade entre os nomes das duas empresas, não possui qualquer relação com o Instituto Royal.
Veja a nota na íntegra:
A Royal Canin do Brasil esclarece que NÃO TEM NENHUM VÍNCULO com o Instituto Royal que vem sendo apontado como realizador de pesquisas invasivas em animais (cães beagles). Acreditamos que a associação feita por algumas pessoas deva-se ao fato da similaridade de nomes.

Não realizamos e nem apoiamos testes que possam trazer sofrimentos aos animais.

A Royal Canin do Brasil, ainda em 2012, quando este assunto veio à tona, tomou todas as medidas legais cabíveis, junto a Promotoria de Justiça do GECAP - Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo da Comarca de São Paulo - SP, para assegurar e comprovar a inexistência de qualquer relação entre a empresa e o referido Instituto.

A Royal Canin, empresa fundada em 1968, na França, e instalada no Brasil desde 1990, fica à disposição através dos canais de atendimento:

SAC: 0800 703 55 88 (de segunda à sexta-feira, das 08:00h às 17:00h)
 
Fonte: G1
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Homem joga dois cães pela janela de apartamento em Copacabana, no Rio

Um homem jogou dois cães da janela do apartamento da própria mãe em Copacabana, na Zona Sul do Rio, por volta das 19h desta quarta-feira (22), e quase foi linchado por pedestres. Segundo a polícia e vizinhos, ele teria tido um surto e atirado os animais, das raças pastor alemão e poodle, do sexto andar do edifício na Rua Belford Roxo, próximo à Rua Barata Ribeiro, uma das principais vias do bairro. Os cachorros morreram na queda e permaneciam no local até as 22h20, para a realização da perícia.

Segundo a delegada Soraia Santana, da 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado, o médico Rogério Povilaitis Dominguez, de 51 anos, foi autuado pela prática de abuso e maus tratos contra animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98). Se condenado, a pena varia de três meses a um ano de prisão e multa, acrescido de um terço da pena, devido à morte dos dois animais. Ele será liberado nesta quarta, já que o crime não prevê prisão.
No depoimento, de acordo com a delegada, o ortopedista disse que estava sozinho em casa e que um vulto teria "defenestrado" os cães. Na delegacia, parentes disseram que Povilaitis sofre de transtornos mentais.

Irmã é veterinária

O homem estava na casa da mãe dele, de 80 anos, moradora do prédio. Maria de Lourdes Xavier, moradora do quinto andar, contou que ouviu um barulho forte, mas não olhou o que era na hora. Momentos depois, foi avisada pela filha e ficou surpresa. "Minha filha viu no Facebook e falou que tinha sido aqui na rua. Não acreditei", disse.
Segundo ela, a mãe do médico tem um terceiro cachorro, que não estava no apartamento e a irmã dele seria veterinária.
Até o perito da Polícia Civil ficou surpreso com o caso: “Nunca vi isso na minha vida. Foi a primeira vez que fiz um trabalho assim com animais. Procedimento é parecido com o de um lançamento [termo técnico para quedas]”, contou Satiro.
'Eram animais dóceis', diz vizinho
Outro vizinho, o estudante Paulo Miranda, disse que os cães eram amáveis, e que sempre brincava com eles no prédio. “Eram animais dóceis. Eu passava por eles, fazia carinho. Acho que eles eram adestrados, porque respondiam bem aos pedidos. Deve ter sido alguma briga de família e uma retaliação”

Fonte:G1

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Alunos de colégio no Rio são surpreendidos com 'visita' de jacaré



Um jacaré virou a atração de um colégio particular da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio , na manhã desta segunda-feira (8). O animal, de cerca de um metro de comprimento, foi parar dentro da piscina do Colégio Saint John, na Avenida Genaral Felicíssimo Cardoso, no Parque das Rosas.
De acordo com o internauta Luis Fernando Reis, que enviou a foto do animal para o VC no G1, o réptil virou a atração da garotada durante a manhã. "Uma atracão inusitada movimentou a entrada dos alunos. Um jacaré de aproximadamente um metro repousava tranquilo no fundo da piscina", disse Reis.
Segundo ele, o animal deve ter saído de um dos canais que ficam perto do local. "Deve ter atravessado a rua e ido parar na escola", disse Reis, destacando que não teve receio de deixar a filha na escola porque as aulas são ministradas no pavimento superior.
Segundo a direção da escola, as aulas não precisaram ser suspensas, pois o animal não ofereceu nenhum risco aos alunos. Ainda segundo a direção da unidade, a presença do jacaré foi detectada pelos próprios funcionários, que realizam uma vistoria no estabelecimento todos os dias antes das aulas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, homens do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) da Barra da Tijuca foram acionados no começo da manhã para resgatar o animal.

Fonte: G1

domingo, 1 de julho de 2012

Após falecimento do dono, cadelas vira-latas não saem de perto do túmulo

Os túmulos do Cemitério Municipal do Novo Gama cidade do entorno de Brasília têm duas cadelas de guarda voluntárias. Pelo menos é o que elas se tornaram desde que chegaram ao local, há dois meses. Elas são pequenas e magricelas, latem para estranhos e fazem rondas frequentes. Ninguém sabe ao certo o motivo da presença das vira-latas. 
A desconfiança principal é de que elas pertenciam a um dos rapazes enterrados no local em 5 de maio. Chegaram com o cortejo e ali ficaram. Tentativas não faltaram para tirar as cachorras de lá. Mesmo com a distância superior a 3km entre o cemitério e a cidade, a dupla canina voltou sem ajuda para os jazigos. E, de 15 dias para cá, a família está maior, com o nascimento de 10 filhotes, cinco de cada uma das cadelas. 
A primeira lembrança que os coveiros têm das cadelas é do dia do sepultamento do rapaz. O cemitério atende às populações do Novo Gama e do Lago Azul, no Entorno, mas por estar localizado razoavelmente longe dos centros urbanos, é comum que familiares cheguem para o enterro em ônibus. Exatamente nestas circunstâncias é que as cadelas desembarcaram nos jazigos. Naquele dia, duas famílias sepultavam seus filhos. Os dois eram amigos, mas, em uma desavença, sacaram as armas e um matou o outro. “Elas vieram com a família do primeiro rapaz que foi enterrado”, conta o coveiro Valquimar Rocha, 32 anos. A identidade dos homens não foi divulgada.
Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Veja o pássaro que já voou percurso maior que distância entre a Terra e a Lua


Um pássaro que já viveu o equivalente a cem anos humanos e voou uma distância superior àquela entre a Terra e a Lua vem fascinando cientistas em várias partes do mundo e já inspirou uma peça de teatro, um conto literário e tem até sua própria biografia.
O B95, um maçarico-do-papo-vermelho (Calidris canutos), viaja a cada ano entre o Ártico canadense e a Terra do Fogo, na Argentina, e superou de forma significativa a expectativa de vida para a espécie, que vem sofrendo um declínio devido ao excesso de pesca nos ecossistemas do qual depende.
"Não conseguimos acreditar que ele ainda está vivo, porque é uma ave em liberdade que já enfrentou muitas situações terríveis e drásticas. Por isso, também, ele é especial e todos querem ver o B95", disse à BBC Mundo a bióloga Patricia González, que integrou a equipe que fez o anilhamento da ave em 1995, na Argentina, procedimento que permite sua identificação.
"A população de maçaricos-do-papo-vermelho (também conhecidos como seixoeiras) tem sofrido um declínio tão grande, que acreditamos ser difícil que vivam mais de sete anos", disse ela, lembrando que o B95 já tem ao menos 18 anos, o equivalente a cem anos de idade em um ser humano.
A ave acabou se transformando em um símbolo das ameaças crescentes enfrentadas pelas aves migratórias.
Um sistema internacional acordado entre todos os países das Américas permite que cientistas monitorem as aves anilhadas através do uso de telescópios nas praias ou do registro de imagens com câmeras digitais.
Rota migratória
A presença do B95 foi notada muitas vezes nos últimos anos ao longo da rota migratória. Os cientistas calculam que ele percorra 30 mil quilômetros por ano, o que multiplicado por 18 anos chegaria a 540 mil quilômetros, distância superior a que separa a Terra da Lua (384,403 km).
"A última vez que o vimos foi em dezembro passado, na Terra do Fogo", disse González.
Os maçaricos-do-papo-vermelho chegam ao Ártico em junho para a reprodução. Adultos e jovens partem novamente por volta de 15 de julho.
Nem todas as aves seguem a mesma rota, mas elas costumam chegar à Terra do Fogo no fim de outubro ou início de novembro, onde permanecem, em geral, até meados de fevereiro.
Algumas delas fazem paradas no Uruguai e no Norte e Sul do Brasil, quase sempre em áreas protegidas que foram reconhecidas internacionalmente pela Rede Hemisférica de Reserva para Aves Limícolas (que habitam praias e manguezais).
"Algo muito importante que ocorre quando chegam à Terra do Fogo é a troca das penas de voo, o que requer muita energia e lhes deixa muito vulneráveis em relação a aves de rapina, como o falcão-peregrino", explicou a bióloga.
Sem Paradas
Na volta ao Ártico, a última parada é nos Estados Unidos. Graças a novos sistemas de monitoramento, como geolocalizadores que conseguem medir a latidude e longitude da localização das aves, os cientistas recentemente descobriram que algumas aves conseguem voar da Patagônia aos Estados Unidos, ao longo de 8 mil quilômetros ou mais, sem paradas.
Em Delaware, Nova Jersey, as aves enfrentam uma de suas grandes ameaças.
"No ano 2000, a população de maçaricos-do-papo-vermelho sofreu um declínio de muito grande, de 40%", explica González.
A queda aconteceu porque, nessa região, as aves se alimentam de ovos de caranguejos-ferradura.
"Devido ao excesso de pesca, começaram a sofrer com a escassez do alimento. Esta parada é muito importante, por ser a última antes do Ártico."
"Elas (as aves) precisam ganhar massa corporal e nutrientes, não só para viajar até o Ártico, mas para sobreviver uma vez que chegam lá, quando a neve ainda não derreteu e enfrentam tempestades", diz a bióloga.

Inspiração

O B95 já inspirou um conto que virou peça de teatro na Argentina e o escritor americano Phillip Hoose acaba de lançar um livro sobre esta extraordinária ave intitulado Um Ano ao Vento com o Grande Sobrevivente B95.
Patricia González diz que os maçaricos-do-papo-vermelho "nos mostram o que acontece com os ambientes onde param e, no dia em que estas aves desaparecerem, é porque nós também desaparecemos".
Para a bióloga argentina, aves como o B95 "não têm fronteiras e mostram que nós também não deveríamos ter fronteiras e que dependemos não somente do lugar onde vivemos, mas do resto do planeta".
Fonte: BBC/Brasil



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cachorro foi encontrado torturado e enforcado perto de abrigo de animais


Um cachorro foi encontrado enforcado, no domingo (15), no Jardim Ingá, distrito de Luziânia (GO), Entorno do Distrito Federal. O animal estava na porta de um abrigo que cuida de animais que sofrem maus-tratos.
O cão, um vira-lata, foi avistado por uma pessoa que ia visitar o abrigo. Ele estava amarrado em uma árvore, a cerca de 50 metros da entrada da instituição. De acordo com o laudo da necropsia, foi espancado, torturado e enforcado.
O que chamou a atenção das pessoas foi que ele foi amarrado com as patas encostando no chão, o que aumentou o sofrimento do cão. “Foi uma cena de barbárie. Uma pessoa que faz isso pode fazer qualquer coisa”, acredita a dona do abrigo, Eliane Zanetti.
Esse não foi o primeiro caso de violência na instituição. Há um ano, 14 cachorros foram encontrados mortos, envenenados. Há seis meses, um esqueleto de um cão amanheceu jogado no terreno.
“A gente não quer fazer justiça com nossas mãos, queremos ir atrás para que a justiça seja feita através do meio legal”, fala a Eliane Zanetti. O caso foi registrado na delegacia do Jardim Ingá.
O abrigo tem três anos e fica no Setor de Indústrias do Jardim Ingá, uma área isolada. São 326 cães vivendo no local, animais em situação de risco, que foram atropelados, mutilados ou sofreram maus-tratos.
Fonte: G1

sábado, 14 de janeiro de 2012

Homem que obrigava burro a puxar carroça com a perna quebrada é preso em Goiás

Um homem de 65 anos foi preso na sexta-feira (13) no Setor Vale do Sol, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana, suspeito de maltratar um burro que tem uma das pernas quebradas. Ele forçaria o animal a puxar uma carroça, o que levou os vizinhos a acionarem a polícia.
O delegado que acompanha o caso, Luziano de Carvalho, disse que o animal tem por volta de 15 anos e, há pelo menos 10, está com a perna naquela situação. A Dema (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente) desenvolve desde a última quinta-feira (12) a Operação Arca de Noé, para tentar coibir maus-tratos a animais.
Durante depoimento, o dono do burro afirmou que o animal foi atropelado, mas nunca recebeu atendimento. “Ele diz que, como o animal continuou puxando a carroça, achou que estava tudo bem com o bicho”, contou a delegada Lara Oliveira.
O burro foi encaminhado para o Centro de Zoonoses de Aparecida, onde receberá atendimento médico-veterinário e, caso possível, pode passar por uma cirurgia. “Não há motivos para sacrificar o animal. Depois de atendido, também vamos tentar um novo lar para ele com fazendeiros do Estado”, destacou Luziano de Carvalho.
Foi registrado um TCO (Termo Circunstaciado de Ocorrência), o homem foi solto e vai responder por maus-tratos.
Fonte: Uol

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cão rottweiler, de 7 anos que foi arrastado por dono em Piracicaba morre

Um cão da raça rottweiler, de 7 anos, que foi arrastado pelo próprio dono por ruas de Piracicaba, no interior de São Paulo, morreu no final da tarde desta terça-feirta. O cão Lobo, segundo a ONG Vira Lata Vira Vida, onde estava sendo tratado, teve complicações no seu quadro clínico e não resistiu. Será feita uma necropsia nesta quarta-feira para identificar o que causou a morte do animal.
Segundo testemunhas, Lobo foi amarrado em uma pick-up pelo dono e arrastado por vários metros na cidade no começo do mês. Por conta dos ferimentos, ele teve uma pata amputada.
O mecânico Claudio César Messias, dono de Lobo, afirma que carregava o animal na caçamba e não viu quando ele caiu da carroceria. Ele foi multado em R$ 1,5 mil pela Polícia Ambiental.
Fonte: Último Segundo

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cadela da raça yorkshire morre após ser agredida em pet shop de Curitiba


Uma cadela da raça yorkshire morreu dentro de um pet shop, em Curitiba, após ser agredida por um funcionário. De acordo com o laudo veterinário, a cadela, chamada Mia, teve parada respiratória, parada cardíaca, edema e sangramento na região do crânio. Os donos do animal registraram um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente."Ele [o funcionário] disse que se sentiu ameaçado porque a cachorrinha iria tentar mordê-lo", contou o técnico em eletrônica Bruno Mazeiro, de 22 anos, que era o dono da cadela há seis anos. Segundo ele, Mia tinha menos de 30 centímetros e pesava 1,5 kg. O funcionário bateu na cabeça da cadela com uma rascadeira, instrumento utilizado para pentear pêlo de animais. "Acidentes acontecem, mas como foi de uma maneira cruel, a gente ficou chateado", lamentou.O diretor-geral do pet shop, Luciano Mafra, afirmou que demitiu o funcionário logo após o ocorrido. “É um fato que não tem como deixar passar. É inadmissível”, disse ao G1. No entanto, o diretor não permitiu que Bruno visse as imagens do circuito de segurança do estabelecimento. "A gente quer saber a verdade, como aconteceu", afirmou Mazieiro. "Eles são responsáveis por quem contratam", acrescentou.
Mafra afirmou que pretendia “não polemizar”. Ele disse que se trata de algo desagradável, e que o estabelecimento compreende o sofrimento do dono do animal. “Só tem que pedir desculpa mil vezes”, disse. Segundo o diretor, o funcionário trabalhava há mais de um ano no local.
Compensação
"Eles devolveram o corpinho dela em um envelope", contou Bruno. Na tentativa de compensar o cliente pela perda, o pet shop deu outro cachorro da mesma raça para Bruno e a noiva, além do enxoval, as vacinas e alimentação. Para receber o animal, Bruno precisou assinar um contrato de adoção e um termo que dizia que, a partir daquele momento, o pet shop não tinha mais pendências. Bruno afirmou que a direção do pet shop não negou nada a ele.
“Até onde entendemos, fizemos o que podíamos na tentativa de sanar problema”, afirmou Mafra.
Investigação
De acordo com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, o funcionário deve responder criminalmente por maus-tratos, já que há testemunhas do fato. “Quando você deixa um animal no pet shop, supõe que vão cuidar bem”, disse o policial que conversou com a reportagem. Mais detalhes sobre as investigações não foram revelados, mas o pet shop poderá responder em uma possível ação cível. O ex-funcionário do pet shop não foi localizado pelo G1 para comentar o ocorrido.
Fonte: G1

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Polícia investiga morte de gatos no interior de SP

A polícia investiga a morte de 13 gatos em um bairro da cidade de Assis, no interior de São Paulo. Eles foram encontrados mortos em um intervalo de três dias. A principal suspeita é que os animais tenham sido envenenados com chumbinho. Moradores da região dizem que já tem um suspeito. A funcionária pública Maria Clara Spinelli, que perdeu sete dos dez gatos que criava, suspeita que os animais tenham comido sardinha com chumbinho. Segundo ela, no dia em que um dos animais morreu, encontrou pedaços de sardinha jogados no quintal da sua casa. Os gatos sobreviventes não saem mais durante a noite. Abusar, maltratar ou ferir animais domésticos é crime. A pena pode chegar a um ano de prisão.
Fonte:G1