Depois da manobra governista para cancelar as reuniões desta quarta-feira nas comissões em que poderiam ser votados requerimentos convocando o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, a oposição decidiu agir diretamente no plenário da Câmara dos Deputados. DEM e PSDB apresentaram requerimentos para que o ministro explique a evolução "atípica" de seu patrimônio aos parlamentares. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo do último domingo, o político aumentou seu patrimônio em 20 vezes em um período de quatro anos.
O requerimento do PSDB argumenta que as denúncias "são graves, de interesse público e justificam a atuação fiscalizadora do Congresso nacional, uma vez que envolvem autoridade pública componente da alta administração federal". A oposição tentou aprovar um requerimento de convocação do ministro na Comissão de Agricultura nesta manhã, mas não conseguiu porque o início da ordem do dia no plenário, que permite a votação de matérias, obrigou a suspensão da reunião.
O requerimento na comissão havia sido apresentado para que Palocci falasse sobre Código Florestal, e a tentativa de aprová-lo ocorreu depois que as reuniões das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Finanças e Tributação foram canceladas, o que ocorreu, segundo informação publicada na página da Comissão de Fiscalização e Controle, por conta "da convocação da sessão extraordinária da Câmara" para o mesmo horário da reunião. A oposição, que queria a discussão dos requerimentos enquanto não houvesse quórum para votação em plenário, considerou a decisão "arbitrária". "Se o governo tem maioria, que ganhe no voto. Mas não queira ganhar no W.O.", reclamou o líder do DEM, ACM Neto.
Fonte: Terra
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