A secretária de Estado americanaClinton afirmou nesta quinta-feira que as denúncias da Google sobre pirataria na China com as contas do Gmail de autoridades americanas, jornalistas e dissidentes chineses são "muito sérias". "Estamos muito preocupados (...) Estas alegações são muito sérias, nós as levamos a sério e as examinamos", disse a chefe da diplomacia americana durante uma entrevista coletiva à imprensa.
Nesta quinta-feira, a China rejeitou as acusações de espionagem feitas pelo Google. Na quarta-feira, o gigante da internet denunciou o que seria uma "campanha para violar senhas dos usuários" através da internet originadas na China contra contas do Gmail de funcionários americanos, jornalistas e dissidentes chineses.
De acordo com a BBC um porta-voz do ministério dos Exteriores é "inaceitável" culpar a China. O Google não culpou diretamente o governo chinês, mas afirmou que as operações se originaram em a campanha hacking originado em Jinan. "Hacking é um problema internacional e a China também é uma vítima. As acusações de apoio aos hacking são completamente infundadas e têm segundas intenções", afirmou o porta-voz Hong Lei.
Segundo Eric Grosse, diretor da equipe de engenheiros da Google Security Team, no blog oficial da companhia, "o objetivo deste esforço parece ser supervisionar o conteúdo dos usuários deste correio eletrônico". Segundo o comunicado, o roubo de senhas buscava mudar as configurações de encaminhamento das mensagens, bem como garantir acesso a terceiros às contas.
A operação afetou centenas de pessoas, inclusive altos funcionários do governo dos Estados Unidos, ativistas políticos da China, militares, jornalistas e funcionários de vários países asiáticos, principalmente Coreia do Sul, disse Grosse.
Em comunicado, o Google afirmou que "detectou e acabou com a campanha, realizada através de phising, informou às vítimas, garantiu suas contas e notificou às autoridades governamentais relevantes". A empresa disse ainda que os sistemas internos do Gmail não foram afetados, e que o roubo dessas informações não é resultado de um problema de segurança do serviço. A Casa Branca informou que está investigando os relatórios, mas não acredita que as contas oficiais do governo dos Estados Unidos tenham sido violadas.
Não é a primeira vez que o Google denuncia um ciberataque da China. Em janeiro de 2010, a companhia anunciou que suas operações tinham sido alvo de ataques a fim de ter acesso à correspondência de dissidentes chineses, além de roubar da empresa códigos e segredos comerciais. Esta denúncia provocou uma tensão crescente que teve inclusive a intervenção do governo dos Estados Unidos e que levou o Google a fechar temporariamente sua ferramenta de busca no país. As tensões diminuíram no início do ano passado, quando o governo chinês renovou sua licença à empresa e a ferramenta de busca deixou de redirigir automaticamente os internautas chineses ao portal livre de Hong Kong.
Fonte: Terra
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