LONDRES - o governo da Grã-Bretanha voltou a descartar nesta quarta-feira, 8, qualquer negociação com a Argentina sobre a soberania das Ilhas Malvinas, depois de a presidente argentina, Cristina Kirchner, ter anunciado que levará o conflito à Organização das Nações Unidas (ONU).
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico indicou que os moradores das Malvinas, cerca de 3 mil pessoas, são "britânicos por opção e livres para decidir seu futuro". "Não haverá negociações com a Argentina sobre a soberania das ilhas, a menos que seus habitantes desejem", apontou o porta-voz do ministério, em linha com o que já havia expressado em Nova York horas antes um porta-voz da missão britânica na ONU.
Cristina Kirchner anunciou na terça-feira em Buenos Aires que apresentará um protesto na ONU pela "militarização" das Malvinas pela Grã-Bretanha, que tem a soberania dessas ilhas desde 1833. A presidente disse que fará a reivindicação ao Conselho de Segurança da ONU, do qual fazem parte os britânicos como membros permanentes, e a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
A Grã-Bretanha anunciou dias atrás o envio de uma moderna embarcação de guerra, o destroier HMS Dauntless, equipado com mísseis antiaéreos, ao Atlântico Sul. Além disso, o príncipe William chegou às ilhas na semana passada para uma instrução militar de seis semanas.
As tensões entre Argentina e Grã-Bretanha se acirram conforme se aproxima o aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas. Em 1982, os dois países entraram em conflito pela posse das ilhas, que começou depois da ocupação por militares argentinos e chegou ao fim dois meses depois, em 14 de junho, com a rendição Argentina.
Fonte: Estadão
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