Ao menos 25 pessoas morreram nesta sexta-feira em ataques a bomba realizados nos arredores de instalações militares da segunda maior cidade da Síria, Aleppo, em uma ação cuja autoria ainda não foi totalmente esclarecida.
Em entrevista exclusiva ao Serviço Árabe da BBC, o líder do grupo armado de oposição Exército Livre da Síria, formado por dissidentes do regime, disse que suas tropas promoveram um ataque militar contra as forças de segurança sírias.
"(Foi) um ataque militar, com foguetes e bombas. Diversas paredes (da instalação militar) ruíram, e algumas pessoas da base militar morreram", declarou coronel Aref al-Hamoud, desde sua base na Turquia.
Em seguida, porém, outro porta-voz do Exército Livre, o coronel Mahir Nouaimi, disse à agência France Presse que o ataque tinha sido perpetrado pelo próprio governo sírio, "para desviar a atenção (dos confrontos em curso na cidade de) Homs".
A ação desta sexta-feira surpreendeu por ocorrer em Aleppo, uma cidade mercantil com registro de poucos protestos e relativamente pouca violência.
A televisão estatal síria disse que tanto militares quanto civis morreram na ofensiva e culpou "terroristas armados" pelo ataque.
Outros atentados semelhantes ocorridos recentemente também despertaram trocas de acusações entre governo e opositores na Síria, enquanto os confrontos se intensificam e cresce o número de mortos.
Ativistas de direitos humanos dizem que mais de 7 mil civis morreram em decorrência das manifestações antigoverno na Síria, iniciadas em março de 2011.
Homs
Ao mesmo tempo, a cidade de Homs continua sendo palco de fortes ataques por parte de forças aliadas ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
Moradores dizem que tanques estão avançando contra bairros que abrigam integrantes da oposição e que houve bombardeios esporádicos durante a manhã desta sexta.
Há relatos de mais de 400 mortes em Homs desde que as forças sírias iniciaram uma ofensiva contra a cidade, no último sábado.
A oposição síria convocou protestos, nesta sexta, para criticar o recente veto da Rússia e da China a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que alvejava o regime sírio.
Mas o vice-chanceler russo, Sergei Rvabkov, disse que a oposição síria "tem total responsabilidade" pelas mortes ocorridas no país por, segundo ele, recusar-se a dialogar com o governo.
Fonte: BBC
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