O auxiliar de escritório Paulo Henrique de Oliveira Mota Batista, de 23
anos, envolvido no acidente que matou 6 pessoas, em Mogi das Cruzes (SP)
diz que não tem responsabilidade no caso. O outro motorista está preso.
“Não me sinto responsável pelo o que aconteceu porque em nenhum momento
chamei para o racha. Apenas ultrapassei porque ele estava devagar na
pista. Eu estava mais ou menos a 80 quilômetros por hora na hora do
acidente”, afirmou ao G1 na manhã desta segunda- feira (30). O acidente aconteceu por volta da 0h30 de sábado (28).
O auxiliar, que tem três filhos, disse ainda que é habilitado desde os
18 anos. "Nunca me envolvi em acidente. Antes de pegar a estrada e do
acidente acontecer eu estava em um jantar na Vila Industrial e não bebi.
Eu estava sozinho na hora que tudo aconteceu. Conhecia de vista algumas
pessoas que foram atropeladas, mas não sei exatamente quem morreu".
Às 10h desta segunda e acompanhado do advogado Francisco Alves de Lima,
Batista se apresentou no 2º Distrito Policial. Paulo Henrique ainda
explicou o motivo de ter fugido do local após o acidente. Ele teria
ficado com medo do outro motorista, Reginaldo Ferreira da Silva, de 41
anos - que dirigia embriagado e sem habilitação. “Eu moro cerca de 200
metros de onde foi o acidente e só não parei porque fiquei com medo do
que podia acontecer. As pessoas podiam me linchar e o outro motorista
podia também estar armado. Ele estava nervoso”, explica.
Sobre o acidente, o jovem diz que fez a ultrapassagem pois o carro de
Reginaldo estava quase parando na avenida. “Eu ultrapassei o outro
veículo porque ele estava quase parando e à esquerda existem muitas ruas
que o povo entra com tudo. Fiquei com receio de andar de devagar por
ali e por isso quis ultrapassar”. “Depois que ultrapassei o motorista do
outro carro (Reginaldo) ficou com raiva e começou a correr atrás de
mim”.
Segundo o advogado, Paulo Henrique estava atrás do carro de Reginaldo
Ferreira da Silva, de 41 anos - que dirigia embriagado e sem habilitação
- e pediu ultrapassagem. Reginaldo não o teria deixado passar, e, mesmo
assim, Paulo o teria ultrapassado pela esquerda em uma via de linha
dupla contínua, ou seja, onde não é permitida a ultrapassagem.
Na manhã do domingo (29), o juiz Carlos Eduardo Xavier Brito pediu a
prisão preventiva de Reginaldo Ferreira da Silva. Durante o dia
ocorreram os enterros dos seis mortos no acidente - cinco homens e uma
mulher- sendo três menores de idade.
Entenda o caso
Na madrugada de sábado seis pessoas morreram em um acidente na Avenida Japão, em Mogi das Cruzes (SP). Um veículo perdeu o controle e atingiu um grupo de dez pessoas que estavam reunidas em um terreno. Após a colisão, o carro capotou. O acidente aconteceu por volta das 00h30. Carro utilizado por Reginaldo ficou destruído após acidente.
Na madrugada de sábado seis pessoas morreram em um acidente na Avenida Japão, em Mogi das Cruzes (SP). Um veículo perdeu o controle e atingiu um grupo de dez pessoas que estavam reunidas em um terreno. Após a colisão, o carro capotou. O acidente aconteceu por volta das 00h30. Carro utilizado por Reginaldo ficou destruído após acidente.
De acordo com o Tenente da Polícia Militar, Kaio de Siqueira Domingues,
dois carros disputavam racha na Avenida Japão, sentido bairro. A PM
informou que os carros se tocaram e um deles derrapou atingindo o grupo
de dez jovens que estavam reunidos.
Seis pessoas morreram no local e outras três pessoas não tiveram
ferimentos graves. A velocidade permitida na Avenida Japão é de 50 km/h,
mas o velocímetro de um dos veículos travou em 120 km/h no momento da
colisão. Uma perícia deve indicar a real velocidade em que os carros
estavam.
Fonte: G1
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