domingo, 3 de fevereiro de 2013

Professores e estudantes da Universidade Federal de Santa Maria retomam as aulas em clima de luto


A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a maior ferida da tragédia, tenta voltar aos trilhos amanhã. Não é fácil. É a pior segunda-feira do ano. Desde o incêndio da boate Kiss, a faculdade, que perdeu 114 alunos — quase metade das vítimas — estava de portas fechadas. Na entrada principal, um grande arco foi completamente coberto por panos pretos. Alunos plantaram flores. Até hoje, apenas a parte administrativa estava funcionando. Às 9h, a reabertura da UFSM aos alunos será marcada por um grande ato ecumênico no espaço anexo à reitoria. Familiares dos estudantes, amigos e professores vão homenagear os universitários mortos no incêndio da casa noturna. Algumas turmas praticamente desapareceram. Só no Centro de Ciências Rurais, 64 alunos morreram. O curso de Agronomia perdeu 29 estudantes.

Diretores, professores e coordenadores de curso não sabem ainda como vão conseguir retornar. Muitos estão contando com a ajuda de psicólogos. A coordenadora do curso de Zootecnia, Rosamélia Berleze, falou da dificuldade do reencontro com a sala de aula vazia. “Precisamos nos proteger e nos fortalecer. Não sei como vou receber as turmas. Muitos professores não sabem. Ainda não sei como vou conduzir. Tenho recebido muitos professores dizendo que não vão conseguir. Eu liguei para alguns alunos e eles não conseguem nem falar. Só choram. Voltar para a sala é o mais complicado. Deus precisa nos ajudar”, disse. A UFSM ainda monitora alguns pacientes que estão feridos nos hospitais. 

Fonte: Correio Braziliense

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