PEQUIM, 10 Abr (Reuters) - Um tribunal chinês condenou nesta terça-feira uma advogada deficiente famosa por defender pessoas despejadas de suas casas a dois anos e oito meses de prisão por causar perturbação e fraude, no mais recente uso de uma polêmica lei para reprimir dissidentes.
A advogada Ni Yulan e seu marido, Dong Jiqin, foram detidos em abril de 2011 e posteriormente condenados das acusações. Ativistas de direitos humanos alegam que as acusações foram forjadas em um esforço para silenciar o casal.
Dong foi sentenciado a dois anos na prisão, também por "causar perturbação", informou um porta-voz do tribunal, que não quis ser identificado, a repórteres do lado de fora do tribunal em um subúrbio de Pequim.
A prisão de Ni é o mais recente sinal da determinação do Partido Comunista para sufocar o movimento dos direitos civis na China. Vários dissidentes foram presos nos últimos meses.
Os promotores alegaram que Ni -que é deficiente e cadeirante- e Dong tinham "deliberadamente ocupado" um quarto em um hotel, de acordo com o porta-voz do tribunal. Ni anteriormente chamou isso de "prisão negra", onde eles foram forçados a permanecer em 2010 após sua casa ter sido demolida em 2008.
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