domingo, 18 de agosto de 2013

Homem mata amigo ao confundi-lo com assaltante, em Goiás

Um homem de 42 anos matou um colega, de 48, ao confundi-lo com um assaltante, na madrugada deste domingo (18), em Campo Alegre, no sudeste de Goiás. A vítima foi baleada por um tiro e chegou a ser socorrida pelo amigo, mas morreu a caminho do hospital. O autor foi detido e encaminhado ao presídio de Ipameri. À Polícia Militar, o homem afirmou que o homicídio foi um engano.
Segundo a PM, a dupla estava em uma chácara a 20 km da cidade onde consumiam bebidas alcoólicas. Um deles saiu e, ao retornar, foi confundido com um assaltante. “Ele disse que achou que tinha um ladrão andando fora da casa e, por isso, atirou”, conta o soldado da Polícia Militar, Rogério do Vale.
Quando o autor do disparo viu que tinha baleado o amigo, colocou a vítima em um carro e o conduziu até o hospital de Campo Alegre. Porém, o homem chegou ao já sem vida ao local.

De acordo com o soldado, uma mulher que também acompanhava os dois confirmou a versão do autor. O homem foi detido e levado à delegacia de Catalão, onde prestou esclarecimentos. Em seguida, ainda segundo a PM, foi encaminhado ao presídio de Ipameri.

Fonte: G1

sábado, 17 de agosto de 2013

Advogado diz que filho de casal de PMs foi influenciado por videogame

O advogado Arles Gonçalves Júnior, presidente da comissão de segurança da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), disse no início da noite desta sexta-feira (16) que o garoto Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó e depois se suicidar, foi “influenciado” por jogar muito videogame e que o caso é “um divisor de águas” na crônica policial.
O advogado tem acompanhado as investigações por parte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e garantiu que estão sendo feitas de forma “correta, transparente, serena e legal”.
Entre a noite do dia 4 e madrugada de 5 de agosto, Marcelo Pesseghini, de 13 anos, teria matado os pais, o sargento da Rota Luís Pesseghini e a cabo da PM Andréia Regina Bovo Pesseghini, a avó, e a tia-avó. A investigação aponta que, depois, Marcelo foi para a escola com o carro da mãe de madrugada, assistiu às aulas pela manhã, retornou de carona para a residência da família na Brasilândia, e se matou.

Arles Júnior disse que acompanhou os depoimentos de 16 pessoas das 31 chamadas até agora pela Polícia Civil para poder traçar o perfil da família de policiais militares. “Tudo está sendo feito com seriedade e transparência. Não existe tramoia nenhuma feita por ninguém. Tudo o que foi colhido realmente indica que foi o menino. Não há possibilidade que seja uma terceira pessoa, que o menino tenha sido induzido por terceiros. O que nos parece é que ele acabou, em função de jogar videogame muito,  sendo influenciado pelo próprio videogame”, declarou , ao deixar o prédio do DHPP, na região central da capital.
O garoto usava a imagem de um assassino de videogame no seu perfil do Facebook há um mês. O suspeito havia trocado sua foto de perfil no dia 5 de julho, passando a utilizar a imagem de um matador do game "Assassin’s Creed". Esta foi a última atualização de Marcelo na rede social.
Para o advogado, os laudos deverão reforçar ainda mais a versão de que Marcelo Pesseghini é o autor da chacina na Brasilândia. “Esse caso é um divisor de águas. Os pais terão de repensar as suas posições, os policiais terão de repensar as suas posições, e a imprensa terá de repensar a abordagem de alguns casos”, afirmou.
Segundo Arles Júnior, os depoimentos prestados revelam que o menino apresentou uma mudança de comportamento, influenciado pelo jogo de videogame. “Todos os depoimentos chamam a atenção, cada um em determinado momento, como se fosse um quebra-cabeças”, disse. Das 31 pessoas ouvidas pela polícia, seis eram amigos de Marcelo Pesseghini, de acordo com o advogado da OAB.
Depoimentos
Na quarta-feira (14), um amigo de Marcelo Pesseghini disse em depoimento que recebeu um telefonema do garoto, horas antes do crime, avisando sobre os assassinatos. A polícia começa, com os depoimentos, a traçar o perfil do adolescente.

Colegas de escola confirmaram que ele disse várias vezes que queria matar os pais, se tornar um matador de aluguel e sair pelo mundo. Um deles contou que, no domingo à tarde, horas antes do crime, Marcelo ligou e disse que iria colocar esse plano em prática. O amigo não deu muita atenção e desligou. No dia seguinte, o garoto soube o que aconteceu com a família Pesseghini.
A polícia espera receber na próxima semana os laudos da perícia que vão ajudar a esclarecer o caso.
Furto a caixas
O deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT) disse nesta quarta-feira (14) que a cabo Andréia foi convidada por outros policiais militares do 18° Batalhão para participar de furtos a caixas eletrônicos. “Eu recebi de policiais da própria Zona Norte, que eu conheço, a informação de que a cabo Andréia foi convidada por colegas para participar do furto de caixas eletrônicos”, afirmou major Olímpio.

De acordo com o deputado estadual, ele recebeu a denúncia de militares de várias unidades e diversas patentes neste fim de semana e na segunda-feira (12) relatou o fato ao coronel Rui Conegundes, comandante da Corregedoria da PM.

A suspeita de ligação de PMs com esta modalidade de crime tinha sido apresentada pelo comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, coronel Wagner Dimas, durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes. Entretanto, Dimas voltou atrás e disse ter se perdido durante a entrevista. Dimas disse inicialmente que a cabo ajudou nas investigações confirmando que existia envolvimento de PMs em furtos a caixas eletrônicos.
Segundo relato de Major Olímpio, os policiais que fizeram denúncias dizem que Andréia teria recusado a proposta de formação de quadrilha e denunciou alguns colegas ao seu superior na época, o capitão Fábio Paganotto, no início de 2012. O capitão investigou o caso, mas não chegou a nenhuma conclusão e foi transferido do 18° Batalhão para o 9° Batalhão.
Para o parlamentar, o coronel Dimas voltou atrás na sua declaração na Corregedoria após ter sido pressionado pelos seus superiores. “Obviamente, ele foi pressionado porque não havia registro oficial da denúncia”, afirmou. “Ele acabou sendo destroçado administrativamente pela Secretaria de Segurança Pública [ao recuar na sua declaração]”, disse o Major Olímpio.
Segundo ele, coronel Wagner Dimas foi afastado do comando do batalhão. Oficialmente, a PM informou que o próprio Dimas foi quem solicitou afastamento por motivos médicos, mas que ele continua no comando da unidade.
Na época em que o cabo denunciou os colegas, o comandante do 18º Batalhão era o coronel Osni Rodrigues de Souza, que hoje está na reserva. "Não podemos desprezar nenhuma possibilidade para a elucidação da chacina de uma família de policiais, nenhuma linha de investigação”, disse o deputado.
Fonte: G1

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Justiça decide que Elize Matsunaga será submetida a júri popular

Elize Araújo Kitano Matsunaga será submetida a julgamento pelo júri popular. Elize é acusada de homicídio triplamente qualificado, praticado contra o marido Marcos Kitano Matsunaga, e por destruição e ocultação de cadáver
Segundo a decisão do juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da capital paulista, as provas indicam que Elize teria agido por motivo torpe, atirando no marido para se vingar de uma traição, evitando que a amante fosse a causa da separação do casal e lhe causasse prejuízos sociais e materiais. Indicios apontam que o objetivo da acusada era ficar com o valor do seguro de vida e a administração dos bens a serem herdados pela única filha do casal.

As provas, também apontariam para a possibilidade de Elize ter agido com meio cruel, causando desnecessário e prolongado sofrimento a Marcos, inicialmente alvejando-lhe com apenas um tiro de arma de fogo e depois, conforme depoimento de perito que elaborou o laudo inicial, começando a esquartejá-lo anda vivo com asfixia respiratória por sangue aspirado. As provas produzidas pela perícia não afastariam, ainda, a possibilidade, de que a acusada teria utilizado recurso que impossibilitou a defesa da vítima, com o tiro sendo disparado a curta distância.

Fonte: Correio Braziliense

Preso irmão do acusado de estuprar e assassinar jovem em Palmas

Foi preso na manhã de sexta-feira (16), Gustavo Bispo dos Santos, 19 anos, acusado de participação no assassinato da adolescente Raylane Kelle Santana de Sousa, em abril de 2012. O prisão foi decretada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Palmas, Gil de Araújo Corrêa.

Segundo informações do delegado responsável pelo inquérito (que já foi concluído), João Sérgio Vasconcelos Kenupp, a prisão foi decretada nesta quinta-feira (15) e o acusado já foi encaminhado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde ficará à disposição da justiça.
O irmão de Gustavo, Jefferson Bispo dos Santos, de 22 anos, também está preso. Assim que confessaram o crime, os irmãos foram liberados, através de uma decisão do Tribunal de Justiça do Tocantins que, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), concedeu a liberdade aos dois porque eram réus primários e comprovaram ter residência fixa.
Logo depois, Jefferson voltou a ser preso porque a polícia descobriu um mandado de prisão em aberto contra ele, por tentativa de homicídio, em Colméia (TO). Ele chegou a fugir, mas foi recapturado pela polícia.
Entenda o caso
Os irmãos foram presos no dia 19 de julho, após confessarem que estupraram e mataram Raylane. Os policiais civis levaram os suspeitos à Quadra 307 Norte, na capital, para que mostrassem o lugar onde supostamente enterraram o corpo da jovem. No local, os policiais encontraram uma ossada com pistas que indicavam ser da adolescente.
A jovem morava com o pai e a avó e estudava numa escola de tempo integral, na região norte de Palmas. Na época do desaparecimento, em abril de 2012, um boletim de ocorrência foi registrado, mas a polícia não tinha pistas de onde poderia estar a menina.

Fonte:G1

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Para a PM, menino foi à escola após matar pais em São Paulo

A Polícia Militar acredita que o garoto Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais policiais, a avó e a tia na Zona Norte de São Paulo e se matar nesta segunda-feira (5), foi à escola pela manhã após já ter assassinado os parentes. O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria Marcelo, estacionando o veículo da mãe à 1h15 da madrugada de segunda, próximo ao Colégio Stella Rodrigues, na Rua João Machado . A pessoa sai após as 6h30, com uma mochila nas costas e entra na escola. O vídeo, no entanto, não permite confirmar com exatidão que a pessoa é o garoto.

“A imagem que nós temos é de uma pessoa estacionando esse veículo a 1h15 da manhã e às 6h30 da manhã uma pessoa desce desse veículo, coloca uma mochila nas costas e vai em direção à escola. O que leva a deduzir que essa pode ser o garoto Marcelo”, disse Meira.
Para a Polícia Militar, as mortes dos parentes de Marcelo, em duas casas que ficam num mesmo terreno na Rua Dom Sebastião, na Vila Brasilândia, aconteceram entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda. Um dos indícios é o fato de o pai de um colega de  escola ter dado carona a Marcelo ao final da aula de segunda. A testemunha prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou que Marcelo pediu para que ele não buzinasse diante da casa porque seu pai estaria dormindo.
O coronel Benedito Meira afirmou que está descartada a possibilidade de vingança. “Nós descartamos possibilidade de retaliação por parte de facção. A casa não estava revirada, não há sinais de arrombamento", afirmou.
Disparo
Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, a mãe da policial militar, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a tia da policial, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal, de 13 anos, foram encontrados mortos em duas casas da família que ficam no mesmo terreno, na Brasilândia. Por volta das 12h, os corpos das vítimas continuavam no Instituto Médico Legal central, na Zona Oeste de São Paulo.

Os corpos devem ser liberados na tarde desta terça e serão velados no cemitério Gethsemani, no km 23 da via anhanguera, em São Paulo. Só Bernadete Oliveira da Silva será enterrada neste cemitério. Os demais corpos serão levados para Rio Claro, no interior do estado, em comboio pela Polícia Militar.
Segundo o coronel Benedito Meira, o menino era canhoto e o disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente", falou Meira. No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil consta que o adolescente encontrado morto "empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".
Nesta terça-feira, Fábio Luiz Pesheghini, irmão de Luís Marcelo, afirmou que o sobrinho não era canhoto. "Pelo que eu sei ele era destro. Eu tenho quase certeza que ele era destro”, disse. Segundo Fabio, o sobrinho era “tranquilo, uma criança normal, que não dava trabalho para os pais, mal saía de casa”. Ele disse desconhecer se o irmão e a cunhada recebiam ameaças.
O adolescente tinha fibrose cística, doença genética que afeta o funcionamento de secreções do corpo, levando a problemas nos pulmões e no sistema digestivo. Segundo o capitão Laerte Araquém Fidelis Dias, do 18º Batalhão da 1ª Companhia da Polícia Militar, na Freguesia do Ó, a cabo Andréia, que era subordinada a ele, recebeu a previsão de que o filho só viveria até os quatro anos. Dias a definiu como uma funcionária exemplar.
"Excelente funcionária, alegre, trabalhadora e esforçada. Mesmo a gente sabendo deste problema do filho - o primeiro parecer médico é que ele viveria quatro anos - ela tinha o astral lá em cima", disse o capitão. Ele afirma ter encontrado com o menino duas ou três vezes, que não aparentava fisicamente ter qualquer problema e o definiu como tímido.
O capitão Dias trabalhava com Andréia há dois anos. Segundo ele, ela estava afastada das ruas por um problema de coluna - a cabo possuía pinos metálicos na coluna e fazia fisioterapia no Hospital das Clínicas. Ele disse nunca ter ouvido relatos de problemas conjugais.
Investigações
O comandante da PM negou que os policiais militares mortos tivessem problemas psicológicos ou mesmo que já tenham sido investigados pela Corregedoria da corporação.

Ainda segundo o comandante da PM, ao menos duas armas foram apreendidas na residência, um revólver calibre 32, encontrado em uma mochila junto com outros pertences do menino logo na porta de entrada, e uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Militar mas que estava de posse da cabo. "O revólver era da policial, que ficou com a arma do pai, após o falecimento dele", explicou Meira.

O oficial afirmou que foram efetuados ao menos cinco tiros dentro da casa, todos compatíveis com um pistola .40. Apesar disso, apenas exames de balística deverão comprovar se os disparos foram feitos pela pistola encontrada sob o corpo do garoto morto. "O que os peritos apuraram aqui é que não tem nenhum estojo diferente do de .40 na residência."
Além disso, a perícia localizou cinco cartuchos de pistola .40 deflagrados, além de um carregador com outros projéteis não deflagrados e mais um na câmara de disparo da arma, perfazendo um total de 14, justamente a capacidadetotal de um carregador.
Além do exame de balística da arma, um conjunto de provas e perícias deverá ser realizada ainda na madrugada desta terça-feira, segundo Meira. "Por exemplo, o exame toxicológico dos corpos. Será que essas pessoas tomaram algum tipo de medicamento, alguma substância que as deixaram adormecidas?", questionou.
Fonte: G1