Indiano Decapita Filha e Choca Vilarejo com Crime Motivado por "Desonra"
Um crime brutal chocou o pequeno vilarejo de Dungarji, no noroeste da Índia, próximo à cidade turística de Udaipur. Na terça-feira, 19 de junho de 2012, Oghad Singh, um trabalhador da mineração de mármore, declarou à polícia não estar arrependido de ter decapitado sua filha de 20 anos, Kanwar, com uma espada cerimonial. O assassinato ocorreu no domingo, 17, e Singh se entregou às autoridades carregando a cabeça da jovem em uma mão e a arma do crime na outra, com a camiseta manchada de sangue.
Segundo a polícia, o crime foi motivado pela revolta de Singh com o comportamento da filha, que mantinha relacionamentos com diversos homens, o que ele considerava uma “desonra” para a família. A jovem, que há dois anos abandonou o marido de um casamento arranjado e voltou a viver com os pais, teria adotado um estilo de vida considerado inaceitável pela comunidade tradicional de mil habitantes. Recentemente, Kanwar fugiu com um homem, mas foi forçada pelo pai a retornar. No domingo, sozinha em casa, ela foi atacada e decapitada com um único golpe, conforme relatado por Singh a um parente.
Narayan Singh, parente distante da família, contou à agência Associated Press que convenceu Oghad a se render e o levou de moto até a delegacia, onde ele foi imediatamente acusado de assassinato. Antes de se entregar, o homem percorreu o vilarejo exibindo a cabeça da filha e narrando o crime, deixando a comunidade em estado de choque. Vizinhos condenaram a violência extrema, expressando indignação com a atitude do pai.
Contexto de Violência Contra Mulheres
O vice-superintendente de polícia Umesh Ojha revelou que Singh estava “enojado” com o que chamava de “estilo de vida” da filha, que, segundo ele, dificultava a busca por casamentos para suas duas irmãs mais novas. A polícia descreveu a vida de Kanwar como desafiadora em uma comunidade marcada por tradições rígidas, onde casamentos arranjados são a norma e desvios são malvistos.
O caso expõe a realidade alarmante da violência contra mulheres na Índia, considerada um dos piores países para mulheres entre as 20 maiores economias do mundo, segundo um estudo recente da ONU. Em regiões tribais, práticas como casamentos arranjados persistem, e crimes contra mulheres frequentemente são minimizados, agravando a vulnerabilidade de jovens como Kanwar.
O assassinato de Kanwar reacendeu o debate sobre os chamados “crimes de honra” e a necessidade de reformas culturais e legais para proteger as mulheres indianas. Enquanto a comunidade de Dungarji tenta processar a tragédia, as autoridades seguem com a investigação do caso.
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