Mais de 130 policiais civis foram às ruas, nesta manhã de sexta-feira (21/2), para cumprir 20 mandados de prisão e nove de busca e apreensão, na operação que desarticula a conhecida “gangue da marcha ré”, que tem espalhado insegurança aos brasilienses nos últimos meses. Usando um carro, os bandidos atingindo as grades das lojas com a traseira do veículo, até que conseguissem arrombá-las.
Até por volta das 8h30, a Polícia Civil havia informado que 15 pessoas haviam sido presas, contudo, em coletiva, a polícia informou que 13 suspeitos foram presos, entre eles, quatro adolescentes. A ação da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), com apoio da DCA 2, é realizada em Ceilândia, Taguatinga e Samambaia. Desde novembro do ano passado até janeiro, calcula-se que o grupo tenha praticado 19 arrombamentos a estabelecimentos.
Segundo a investigação, iniciada no mês passado, o grupo era integrado, entre outros, por pequenos traficantes de drogas e moradores de rua, aliciados a participar dos furtos. Entre os estabelecimentos alvo do grupo há lojas de informática, mas a maioria é de lojas de equipamentos eletrônicos.
De acordo com a polícia, um dos últimos crimes cometidos pela gangue, antes da prisão, ocorreu na madrugada de hoje: alguns integrantes da quadrilha arombaram uma loja de costuras, em Ceilândia.
O método rudimentar de ação chamou a atenção dos investigadores, em um crime sempre praticado da mesma forma: em poucos minutos, após o peculiar arrombamento com a traseira do carro, conseguiam levar vasta quantidade de objetos. Mesmo sem serem considerados pela polícia como um grupo organizado, os suspeitos centravam as ações nas três cidades onde os mandados são cumpridos nesta manhã.
Grande parte dos investigados reside da QNN 3 a 7 e na QNO 19, em Ceilândia. Os presos devem responder à Justiça por formação de quadrilha, qualificada pelo emprego da arma de fogo; furto circunstanciado, em razão dos arrombamentos; e concussão de pessoas, além de corrupção de menores.
Ousadia
Uma das atuações da gangue ocorreu em Taguatinga Norte, no início do mês. Três criminosos arrombaram uma loja de artigos esportivos na CNB 5 e deixaram um prejuízo de R$ 12 mil. No último dia 12, o alvo foi uma escola de informática e idiomas em Taguatinga, de propriedade de uma tia do administrador Leonardo Almeida Monteiro, assassinado em uma tentativa de assalto, no último dia 29 de janeiro, em frente ao prédio onde morava, em Águas Claras. Cinco pessoas em dois carros deram marcha ré três vezes e conseguiram derrubar apenas a porta de ferro, mas foram embora assim que o alarme disparou. Toda ação foi filmada pelas câmeras de segurança.
Em janeiro, a quadrilha também arrombou a porta de uma loja de eletrônicos e furtaram tablet, celulares e aparelhos de som. Um vigilante que estava no local acabou ameaçado. Duas padarias em Vicente também foram alvos dos bandidos em novembro de 2013.
Fonte: Correio Braziliense
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