A polícia de Castro Alves, a 190 km de Salvador, continua nesta terça-feira (10) as buscas pelos dez criminosos que assaltaram a agência bancária da cidade, disparam vários tiros em praça pública e fizeram moradores e funcionários reféns.
A delegacia do município informou que as equipes das polícias Militar e Civil de várias cidades da região, entre elas, Salvador e Feira de Santana, dão apoio à operação. A polícia informa ainda que a perseguição está focada em uma mata fechada, onde os policiais estão desde segunda-feira (9), dia do crime. Nenhum suspeito foi capturado até o momento.
"Foi um terror", disse o radialista Everaldo Magalhães que esteve no banco durante toda a ação criminosa. Segundo ele, os homens foram direto para a agência bancária e atiraram contra o local. "A sorte nossa, que estava lá dentro do banco, foi que o tiro não pegou em ninguém lá. E o pior é que as pessoas estavam aglomeradas na praça e eles atiravam indiscriminadamente”, comenta.
Duas pessoas foram baleadas. Uma delas é um homem de 27 anos, que foi atingido na barriga. De acordo com o Hospital Geral da cidade de Santo Antônio de Jesus, para onde foi socorrido, a vítima foi submetida a uma cirurgia e passa bem na manhã desta terça. Ele é motorista da Prefeitura de Castro Alves. Outro homem foi atingido na perna, recebeu atendimento e recebeu alta médica no mesmo dia.
Entenda o caso
Toda a ação da quadrilha durou cerca de 40 minutos, no fim da manhã de segunda-feira. O clima de terror começou na delegacia da cidade, onde eles atiraram nos carros, pneus e dentro do prédio. Os assaltantes estavam com armas de grosso calibre e uma camionete esperava por eles na porta do banco, com o vigilante da agência na carroceria do automóvel, amarrado pelos pés e pelas mãos. Os clientes ficaram encostados em um dos carros enquanto um dos bandidos saiu carregando um saco de dinheiro.
Outros dois escoltavam os reféns e obrigavam a alguns deles a atirar moedas na rua. As imagens mostram também que uma mulher faz parte do bando. Os reféns foram colocados em duas camionetes, entre eles o gerente e o subgerente da agência. Os assaltantes também utilizam os reféns como escudo para proteger os dois carros na hora da fuga. O grupo dá duas voltas na praça principal, antes de deixar a cidade.
“O pessoal daqui da delegacia saiu correndo e anunciando: assalto, assalto. O escrivão estava sentado na hora, cumprindo os seus deveres, e eles já chegaram atirando na parede.", disse o administrador Gerson Oliveira.
Fonte: G1
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