Violência entre Torcidas: Jovem Palmeirense Morto em Confronto na Zona Norte de São Paulo

Roberto Farias
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A rivalidade entre torcedores de Palmeiras e Corinthians culminou em uma tragédia na manhã de domingo, 25 de março de 2012, na Zona Norte de São Paulo. André Alves Lezo, um estudante de 21 anos e torcedor palmeirense, foi baleado na cabeça durante uma briga generalizada na Avenida Inajar de Souza, próximo ao Terminal Vila Nova Cachoeirinha. O jovem, que seguia para o estádio do Pacaembu para assistir ao jogo entre os times pelo Campeonato Paulista, não resistiu aos ferimentos e faleceu. Seu velório ocorreu na segunda-feira, 26 de março, a partir das 8h, no Cemitério do Jaraguá, onde foi enterrado, com a presença de amigos e familiares.
O confronto, que envolveu cerca de 300 torcedores, segundo a Polícia Militar (PM), deixou um saldo de dois baleados e pelo menos cinco feridos por agressões com paus, barras de ferro e pedras. Além de André, um jovem de 23 anos foi atingido na bacia e internado em estado estável no Hospital do Mandaqui, enquanto outro, de 27 anos, sofreu traumatismo craniano e fraturas após ser golpeado por uma barra de ferro, sendo transferido para o Hospital Cruz Azul. Quatro outros feridos foram atendidos no Hospital São Camilo, na Pompéia, com três deles liberados até o início da noite de domingo.
A PM deteve dois torcedores palmeirenses suspeitos de participação no confronto, vistos armados, mas sem portar armas no momento da abordagem. Após exame residuográfico para detectar vestígios de pólvora, ambos foram liberados. O caso foi registrado no 72º Distrito Policial. Segundo torcedores anônimos, a briga teria sido planejada pela internet, evidenciando a organização prévia do conflito. Durante o jogo no Pacaembu, novos embates entre torcedores e a PM ocorreram dentro do estádio.
A Mancha Alvi Verde, torcida organizada do Palmeiras, da qual o irmão de André é vice-presidente, informou que só se pronunciará oficialmente na terça-feira. Enquanto isso, a mãe de um torcedor corintiano internado no Hospital da Vila Nova Cachoeirinha relatou ao programa Fantástico que seu filho teve dedos quebrados durante o confronto, que só foi contido após a intervenção de um policial com uma arma de calibre 12. A tragédia reacende o debate sobre a violência entre torcidas organizadas e a necessidade de medidas mais eficazes para garantir a segurança em dias de jogos.

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