De acordo com autoridades, um morteiro atingiu um local próximo à Embaixada do Irã em Bagdá, no limite da chamada Zona Verde, área de segurança reforçada na cidade onde a cúpula é realizada. Não foram divulgados detalhes sobre a segunda explosão e não há relatos de danos ou vítimas.
Durante as últimas semanas, o governo iraquiano culpou a Al-Qaeda por vários ataques no país, dizendo que a rede terrorista tentava assustar os líderes árabes e impedir a realização da cúpula, como ocorreu no ano passado. O Iraque vê a reunião como uma oportunidade de fortalecer sua posição no mundo árabe após a retirada das forças americanas, finalizada em dezembro.
A cúpula, porém, contará com a presença de apenas 10 líderes dos 22 países que formam a Liga Árabe. O emir do Kuwait é o único representante das seis nações do Golfo, o que reflete tensões com o Iraque. Um dos motivos para isso foi a condenação feita por políticos e clérigos xiitas iraquianos à repressão do governo do Bahrein aos protestos da população xiita em meio às revoltas no mundo árabe.
O primeiro-ministro do Catar, sheik Hamad Bin Jassem Bin Jabr Al Thani, afirmou que a representação pouco expressiva de seu país na cúpula é uma mensagem para que a maioria xiita do Iraque “pare de marginalizar a minoria sunita”.
As principais discussões, porém, devem ser sobre a Síria, no momento em que o grupo discute ações para pôr fim à repressão à oposição por parte do governo do presidente Bashar Al-Assad. De acordo com a Organizações das Nações Unidas (ONU), mais de nove mil mortes foram registradas desde o início da revolta, em março de 2011.
O premiê do Catar disse que a Liga Árabe se veria diante de uma “desgraça” se os “sacrifícios do povo sírio forem desperdiçados”. “Temos uma escolha difícil pela frente: ou ficamos ao lado da população, ou ao lado dele (Assad)”, disse. “Não podemos esperar que os sírios fiquem de braços cruzados enquanto o regime continua matando.”
O Catar e a Árabia Saudita são os principais defensores de uma ação mais assertiva da Liga Árabe para pôr fim ao conflito sírio. Em reuniões fechadas, representantes dos dois países dizem ver pouco resultado nos esforços diplomáticos do grupo.
Entre as novas ações estudadas estão fornecer armamentos para rebeldes sírios e oferecer proteção à oposição na região da fronteira da Síria com a Turquia, que seria uma espécie de campo de refugiados.
Fonte: Último Segundo
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