Oziel de Oliveira, um jovem de 22 anos de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, tornou-se conhecido ao compartilhar nas redes sociais um apelo por ajuda financeira para reconstruir seu rosto, gravemente afetado por um tumor na boca. Diagnosticado com câncer aos 11 anos, Oziel teve o tumor removido, mas perdeu ossos e tecidos moles, como gengiva e mucosa bucal, o que comprometeu a estrutura facial. Agora, sob cuidados médicos, ele enfrenta um processo cirúrgico complexo e demorado, conforme relatado pela equipe responsável pelo seu tratamento.
Após arrecadar mais de R$ 100 mil em doações, Oziel passou por um susto no último domingo, 22 de julho de 2012, quando foi sequestrado em sua cidade. Felizmente, ele foi libertado pela polícia na manhã de segunda-feira, 23, sem que o incidente alterasse os planos médicos. Segundo Paulo Leal, cirurgião bucomaxilofacial do Instituto Face a Face, em São Paulo, que lidera a equipe, o processo de reconstrução será “lento e desafiador”, envolvendo múltiplas cirurgias. A quantidade exata de procedimentos ainda é incerta, pois dependerá da resposta do paciente a cada etapa.
A estratégia médica inclui o uso de enxertos de ossos e pele retirados de outras partes do corpo, além da possível aplicação de placas e parafusos de titânio. A equipe, composta por especialistas em cirurgia plástica, bucomaxilofacial e de cabeça e pescoço, destaca que o procedimento não é uma ciência exata, o que impede previsões precisas sobre o tempo ou o resultado final. “Vamos fazer o melhor possível”, afirmou Leal em entrevista ao G1, reforçando que o sequestro não impactará o cronograma.
Um Caso Complexo
Gabriel Pastore, diretor do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, que não integra a equipe de Oziel, classificou o caso como “extremamente desafiador”. Ele explica que o objetivo principal é restaurar funções básicas, como comer e falar, priorizando o conforto do paciente. A recuperação da autoestima, segundo Pastore, virá como um benefício secundário. Além dos enxertos, uma prótese bucomaxilofacial pode ser necessária para substituir estruturas como o nariz e o lábio superior.
O caso de Oziel segue comovendo o país, enquanto a solidariedade de doadores e a dedicação dos médicos oferecem esperança para que ele recupere, aos poucos, sua qualidade de vida e confiança.
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