Polícia Federal Prende Três Suspeitos do Esquema de Carlinhos Cachoeira em Goiás

Roberto Farias
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Na manhã deste sábado, 1º de outubro de 2012, a Polícia Federal deflagrou uma operação em Anápolis e Goiânia, resultando na prisão de três indivíduos acusados de fazerem parte da rede criminosa liderada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira. A ação é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que já havia capturado o bicheiro em fevereiro deste ano.
Os presos foram Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia e apontado como um dos principais operadores de Cachoeira; Lenine de Araújo Souza, suspeito de atuar como contador do grupo; e Olímpio de Queiroga Neto, acusado de gerenciar pontos de jogos ilegais no estado de Goiás. Além disso, Gleyb Ferreira da Cruz, que já estava detido por envolvimento na Operação Saint-Michel, teve nova ordem de prisão emitida.
As prisões foram autorizadas pelo desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que também revogou habeas corpus concedidos em 16 de julho pelo desembargador Tourinho Neto. Com isso, Garcez, Lenine e Queiroga, que estavam em liberdade desde junho, voltaram a ser detidos e permanecerão na sede da Polícia Federal enquanto as investigações avançam.
Conexões Políticas e Depoimentos na CPI
Os três suspeitos já haviam sido ouvidos pela CPI Mista do Cachoeira, que apura os laços do contraventor com políticos e empresários. Durante seu depoimento, Wladimir Garcez negou envolvimento com qualquer organização criminosa e afirmou que sua relação com a Delta Construções se limitava a prestar assessoria a Cláudio Abreu, ex-diretor da empresa no Centro-Oeste. No entanto, áudios captados pela PF em 2011, durante a Operação Monte Carlo, revelam Garcez discutindo com Cachoeira sobre supostas nomeações no governo de Goiás autorizadas pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Em outra gravação, ele menciona uma conversa “de irmão” com Perillo no gabinete do governador.
Lenine de Araújo, por sua vez, declarou à CPI sentir-se “injustiçado” pelas acusações, negando ser sócio de empresas ligadas ao esquema ou atuar como braço-direito de Cachoeira. Já Olímpio de Queiroga Neto, amparado por habeas corpus na época, optou por não responder às perguntas dos parlamentares.
O caso continua a gerar repercussão, especialmente pelas suspeitas de influência do grupo criminoso em esferas políticas e empresariais de Goiás. A PF segue investigando para desmantelar completamente a rede de Carlinhos Cachoeira.

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