Milhares de pessoas ocupam a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de
Janeiro, na tarde desta quarta-feira (20), em protesto coletivo
realizado em função da Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Carros de som, bandeiras, faixas,
artistas e até uma escola de samba apoiam as mais variadas causas, em
um clima pacífico. Segundo o Centro de Operações Rio, devido aos
protestos, a pista lateral da Avenida Presidente Vargas chegou a ter
duas faixas interditadas, mas, às 16h35, foi liberada.
Ativistas de meio ambiente, trabalhadores rurais e urbanos, estudantes, professores e índios desfilam pela avenida separados por espécies de alas, um grupo na frente do outro, lembrando, do alto, os desfiles carnavalescos na Marquês de Sapucaí. Alguns cantavam em coro (com direito a coreografia), outros apitavam de cara pintada e líderes de movimentos comandavam os seus companheiros de ideais ao microfone.
Ativistas de meio ambiente, trabalhadores rurais e urbanos, estudantes, professores e índios desfilam pela avenida separados por espécies de alas, um grupo na frente do outro, lembrando, do alto, os desfiles carnavalescos na Marquês de Sapucaí. Alguns cantavam em coro (com direito a coreografia), outros apitavam de cara pintada e líderes de movimentos comandavam os seus companheiros de ideais ao microfone.
Durante a interdição, o trânsito foi desviado pela CET-Rio para as ruas
Carmo Neto, Benedito Hipólito e Marquês de Pombal. No sentido oposto,
na Praça da Bandeira, o desvio foi pela Avenida Marechal Floriano. A
CET-Rio colocou 95 agentes para monitorar o trânsito no local.
Houve interdição na Avenida Rio Branco, na altura da Avenida Presidente
Vargas. A retenção chega até a Avenida Francisco Bicalho e Rua
Francisco Eugênio, na Zona Portuária da cidade.
Outro prostesto, que também acontece no Centro da cidade nesta tarde, reúne funcionários em greve da Cedae, concessionária pelo abastecimento de água. A categoria fechou uma faixa da Avenida Presidentes e realizou um "apitaço".
Também nesta tarde, cerca de 100 jovens protestaram
no Centro da cidade. Entre as reivindicações, os manifestantes
reclamavam dos investimentos na Copa de 2014 e cobravam a legalização da
maconha.
Samba Até uma escola de samba participou da manifestação. Convidada pelo alemão Holgen Güssefeld, idealizador do Bread Tank (tanque de pães),
que faz sucesso na Rio+20, a Acadêmicos de Vigário Geral serviu como
abre-alas da obra, com passistas, inclusive uma mirim, e ritmistas.
“O tanque é um exemplo de transformação de uma coisa ruim em uma boa. Se
esta transformação se realizar no mundo, será razão de alegria, aqui
representada pela escola de samba”, explicou o colaborador do World
Future Council.
Em meio a marcha, por volta das 16h, um grupo de 20 índios caminhou em sentido contrário à passeata, carregando um toco de madeira, em protesto contra o desmatamento. Algumas pessoas ficaram assustadas, mas não houve tumulto.
Em meio a marcha, por volta das 16h, um grupo de 20 índios caminhou em sentido contrário à passeata, carregando um toco de madeira, em protesto contra o desmatamento. Algumas pessoas ficaram assustadas, mas não houve tumulto.
Crianças, como o pequeno João Guilherme, de 3 anos, também foram
bem-vindas na marcha. Trazido pelo pai, o funcionário público, Paulo
Nagae, o pequeno parecia se divertir em meio à barulheira. “Acho que um
evento dessa magnitude, dessa nobreza, tem que ser prestigiado. É uma
obrigação para nós estar aqui e acho importante trazer ele para dar o
exemplo”, disse o pai.
G1
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