O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, expressou "sérias preocupações" com as possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã, após o país triplicar sua produção mensal de urânio altamente enriquecido. Em discurso ao conselho de 35 nações da AIEA em 2012, Amano destacou a falta de avanço em duas rodadas de negociações com Teerã naquele ano, marcadas por entraves no acesso a instalações militares, como um local considerado central para investigações sobre atividades nucleares.
O Irã nega buscar armas nucleares, afirmando que seu programa atômico é exclusivamente pacífico. No entanto, a recusa em limitar atividades de enriquecimento de urânio, que podem ter aplicações civis e militares, intensificou sanções da ONU e de países ocidentais, impactando a economia do produtor de petróleo. A AIEA relatou que o aumento significativo na produção de urânio enriquecido elevou temores de um conflito militar, influenciando a alta nos preços do petróleo.
Amano afirmou que a agência não consegue garantir a ausência de atividades ou materiais nucleares não declarados no Irã, impossibilitando a conclusão de que todo o programa é pacífico. Enquanto isso, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniram-se em Washington para discutir o programa nuclear iraniano, com divergências sobre as "linhas vermelhas" que Teerã não poderia ultrapassar e a possibilidade de uma ação militar como último recurso.
Não deixe de comentar !!!!!!