A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou uma visita ao Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na última quarta-feira (20), onde o preso Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, admitiu que o sangue encontrado no carro de Bruno, ex-goleiro do Flamengo, era de Eliza Samudio.
O deputado Durval Ângelo (PT) foi o responsável pela conversa com os detentos. De acordo com a assessoria de imprensa da Comissão, familiares e advogados souberam da visita que estava agendada e procuraram um dia antes o deputado para dizer que Macarrão estava inseguro dentro da penitenciária e que, caso houvesse uma rebelião, ele poderia até mesmo ser feito refém. Parentes teriam dito ainda que os próprios funcionários o maltratavam.
Atentando às denúncias, o deputado conversou com Macarrão. Em entrevista gravada pela TV Assembleia, ele disse que mentiu nos depoimentos por orientação dos advogados. Ele disse ainda que nunca mentiu sobre o sangue, mas que também nunca confirmou.
Relembre o caso
O desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, completou um ano em junho deste ano. No dia 4 de julho de 2010, Eliza fez um último contato por telefone com uma amiga. Apesar de a polícia ainda não ter encontrado o corpo dela, o delegado responsável pelo caso diz que as investigações concluem que ela está morta. O ex-goleiro do Flamengo é apontado como o mandante do crime.
Um ano após o desaparecimento, a Justiça ainda não julgou os acusados de participação no crime. Quatro réus do caso estão presos: o goleiro Bruno Fernandes, o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, o primo Sérgio Rosa Sales e o Bola, que é ex-policial civil e seria acusado de outros crimes.
Outros quatro acusados, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, ex-amante do jogador, Elenilson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza responderão ao processo em liberdade. Todos negam o crime e deverão ir a júri popular.
De acordo com a versão da polícia, Eliza e seu filho, na época com quatro meses, foram seqüestrados e levados para o sítio do goleiro em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Lá, os dois teriam ficado reféns por alguns dias. A jovem teria sido espancada nesse período em que ficou no sítio.
A polícia diz ainda que, no dia 7 de julho, Eliza teria sido levada para a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano. Ele teria então, estrangulado a vítima até a morte e depois esquartejado o corpo dela. Os restos mortais foram dados como comida para seus cachorros rottweilers e outra foi cimentada na obra da casa.
Fonte: R7
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