Petrobras no Limite: Alta Demanda por Gasolina Desafia Refinarias e Pressiona Preços

Roberto Farias
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Em 2011, a Petrobras enfrentava um cenário crítico devido ao aumento de 19% na demanda por gasolina no Brasil, impulsionado pela popularização dos carros flex e pela crise na produção de etanol. Em entrevista ao Jornal da Globo no dia 25 de outubro, o então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, revelou que as refinarias da companhia operavam no limite de sua capacidade. Para evitar desabastecimento, a Petrobras planejava importar gasolina, com Gabrielli garantindo: “Não vai faltar gasolina no Brasil”. Contudo, ele admitiu que o preço do combustível, congelado desde 2009, poderia sofrer ajustes dependendo das cotações internacionais.
Com a capacidade de refino esgotada, a estatal buscava soluções de curto prazo via importações, enquanto, para o futuro, apostava na construção de quatro novas refinarias, com operações previstas a partir de 2012. “Estamos no limite das nossas refinarias existentes para a produção de gasolina”, destacou Gabrielli, apontando o crescimento acelerado da demanda em 2010 e 2011 e a escassez de etanol como fatores agravantes.
O cenário também impactava a gestão financeira da Petrobras. O plano de investimentos da empresa, essencial para financiar expansões, enfrentou dificuldades para ser aprovado após três tentativas frustradas em 22 de outubro, gerando insegurança no mercado. As ações da companhia (PBR) registraram quedas significativas, com desvalorização de 14% em 2011 e 34% desde 2010. Dados financeiros recentes mostram que o preço atual das ações é de US$ 11,985, bem abaixo do pico histórico de US$ 57,62 em 2007, refletindo desafios persistentes.
A situação expõe a vulnerabilidade do Brasil à dependência de importações de combustíveis e reacende discussões sobre a sustentabilidade dos preços da gasolina, que podem afetar diretamente os consumidores. O equilíbrio entre atender a demanda interna e manter a estabilidade financeira da Petrobras permanece como um desafio crucial.

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