Deve ser ouvida nesta terça-feira (12) a equipe médica que realizou a coleta de medula óssea da estudante Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, que morreu após receber um cateter para a doação, em São José do Rio Preto. Por volta das 9h20 o médico Otávio Ricci, hematologista responsável pelo serviço de transplante de medula do Hospital de Base, chegou a delegacia para prestar depoimento.
Em entrevista coletiva na semana passada, ele admitiu que a estudante morreu por causa de uma hemorragia no pulmão, que teria sido perfurado pelo cateter colocado no pescoço de Luana para a coleta de células da medula.
O delegado responsável pelas investigações, João Lafayete Sanches, disse que solicitou o laudo pericial, com a ficha clínica da paciente, os exames realizados e o atestado de óbito. Ele quer saber por que a equipe médica não comunicou a polícia sobre a morte da jovem. Sanches informou que as investigações devem ser concluídas em até 30 dias.
Segundo o delegado, caso seja comprovado erro médico ou negligência, os responsáveis irão responder criminalmente pela morte de Luana.
O Conselho Regional de Medicina também vai investigar qual foi a responsabilidade dos profissionais do hospital na morte. De acordo com o Conselho, se for comprovado erro, o médico poderá até perder o registro profissional.Em entrevista coletiva na semana passada, ele admitiu que a estudante morreu por causa de uma hemorragia no pulmão, que teria sido perfurado pelo cateter colocado no pescoço de Luana para a coleta de células da medula.
O delegado responsável pelas investigações, João Lafayete Sanches, disse que solicitou o laudo pericial, com a ficha clínica da paciente, os exames realizados e o atestado de óbito. Ele quer saber por que a equipe médica não comunicou a polícia sobre a morte da jovem. Sanches informou que as investigações devem ser concluídas em até 30 dias.
Segundo o delegado, caso seja comprovado erro médico ou negligência, os responsáveis irão responder criminalmente pela morte de Luana.
Negligência
A mãe da estudante disse que a médica foi negligente no atendimento à jovem quando ela começou a passar mal. Segundo a mulher, a médica teria receitado um remédio para náuseas quando recebeu o telefonema de Luana e teria demorado mais de uma hora para chegar ao hospital.
Luana, de 21 anos, era filha única e morava com a mãe em Promissão. Há quatro anos, quando entrou no curso de enfermagem, em Marília, ela passou a fazer parte do Cadastro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Segundo os médicos, ela tinha a medula compatível com a de uma menina do Rio de Janeiro e foi chamada ao Hospital de Base de São José do Rio Preto para fazer a doação.
Primeiro caso
Desde que o cadastro foi implantado, em 1993, essa é a primeira vez que uma pessoa morre por causa de um procedimento para doação. A médica hematologista Vergueiro diz esperar que as pessoas não deixem de se cadastrar para doação.
- A gente pede que a população acredite que pode ser muito importante ser um doador e salvar a vida de alguém. E que doar é seguro.
A diretoria do hospital informou que uma sindicância foi aberta para apurar os detalhes do atendimento. Será apurado também, segundo a diretoria, se a médica demorou para fazer o atendimento, como alega a família. O hospital tem 30 dias para concluir a investigação interna.
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