MANILA (Reuters) - As mortes de civis estão aumentando no sul das Filipinas, onde as lutas entre o Exército e as guerrilhas muçulmanas mataram pelo menos 187 pessoas nos últimos 10 dias, informaram o Exército e uma autoridade de direitos humanos na quarta-feira.
O Exército disse que cerca de 60 civis foram mortos nos ataques da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI) e por morteiros nas cidades no sul. Além disso, 100 rebeldes e 17 soldados morreram, segundo autoridades.
Leila de Lima, chefe da Comissão de Direitos Humanos, disse a repórteres que pelo menos 20 civis foram mortos em uma cidade no domingo, quando o Exército perseguiu as guerrilhas responsáveis pelo ataque.
"Cerca de 20 civis foram mortos há três dias, devido às fortes lutas na cidade de Piagapo, mas não podemos dizer se isso foi resultado dos ataques diretos dos rebeldes ou dos danos colaterais dos bombardeios e morteiros das forças militares", disse ela.
Leila disse que o número de civis mortos ou feridos pela ofensiva do Exército pode ser ainda maior, mas é difícil obter um dado precido porque o acesso à maioria das áreas continua difícil, devido aos combates.
É o pior episódio de violência no país de maioria cristã em vários anos. A rebelião evitou qualquer desenvolvimento significativo dos recursos minerais e de hidrocarbonetos do país.
As lutas começaram na semana passada, dias depois que um acordo territorial entre o governo e os rebeldes foi suspenso pela Suprema Corte devido a um apelo de líderes cristãos.
No entanto, o governo disse estar comprometido com a paz e pediu à Malásia que mantenha monitores de paz no sul do país a partir do dia 31 de agosto, quando acaba o mandato de uma equipe internacional de monitores do cessar-fogo.
Mais de 360 mil pessoas foram desabrigadas devido às lutas em cinco províncias da ilha de Mindanao, de acordo com o Conselho Nacional de Coordenação de Desastres. Cerca da metade delas estão hospedadas em 152 abrigos temporários.
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