Liliane Guimarães, mãe de Bárbara Guimarães Lopes, de 11 anos, morta durante um assalto na quinta-feira (25) em Uberlândia,
no Triângulo Mineiro, deve ser ouvida na segunda-feira (29) pela
Polícia Civil. Em uma entrevista coletiva para a imprensa na tarde desta
sexta-feira (26), o delegado responsável pelo caso, Matheus Ponsancini,
afirmou que o depoimento dela, juntamente com as imagens das câmeras de
segurança do empório onde ocorreu o assalto, vão ajudar a fazer um
retrato falado do autor dos disparos. O delegado afirmou durante a
entrevista que ainda não tem informações concretas.
Segundo Ponsancini, desde o momento do crime as equipes das polícias
Civil e Militar trabalham no caso para fazer o levantamento de provas.
Ele afirmou, ainda, que nenhuma testemunha foi ouvida. “O inquérito foi
instaurado na parte da manhã e não foi possível ouvir as vítimas e
testemunhas dos fatos. No momento estamos checando informações próximas
ao local do fato e levantando testemunhas”, afirmou.
O delegado explicou que a mãe da vítima está sendo preservada e só
depois de ouví-la e melhorar as imagens captadas pelas câmeras de
segurança poderá ter alguma informação concreta e fazer um retrato
falado. “Não a ouvimos para preservá-la, por conta do velório da filha.
Mas vamos repassar as imagens das câmeras para a perícia, tentar
melhorar a qualidade da fotografia e, se possível, um eventual retrato
falado”, afirmou.
Tiro não foi acidental
Ponsancini confirmou que o suspeito efetuou, no mínimo, dois disparos em direção à vítima, o que configura que o tiro não foi acidental. “Pelos depoimentos e pelo laudo, os disparos não foram acidentais. Foram, no mínimo, dois disparos contra a vítima. Se fosse acidental, seria um e poderia ser levantada esta tese defensiva”, disse.
Ponsancini confirmou que o suspeito efetuou, no mínimo, dois disparos em direção à vítima, o que configura que o tiro não foi acidental. “Pelos depoimentos e pelo laudo, os disparos não foram acidentais. Foram, no mínimo, dois disparos contra a vítima. Se fosse acidental, seria um e poderia ser levantada esta tese defensiva”, disse.
Sobre a informação de que deveria ser uma briga entre o suspeito e a
vítima, o delegado descartou a hipótese. “Não temos informações sobre
ela ter algum relacionamento ou conhecer o autor dos disparos. Não tem
nada confirmado e não é nossa linha de investigação. Trabalhamos com o
latrocínio, roubo seguido de morte, contra a vítima de 11 anos”,
concluiu.
Entenda o caso
A menina foi morta durante o roubo de um carro no Bairro Santa Mônica na noite desta quinta-feira (25). O assalto foi registrado quando a mãe da menina fazia compra rápida em uma mercearia. Ela foi surpreendida pelo ladrão que a arrastou pelos cabelos. Ele queria a chave do carro. Enquanto isso, Bárbara esperava a mãe no veículo. "Ele falava que ia levar todo mundo e quando chegamos no carro eu pedi para a minha filha sair do carro. Ela estava saindo, ele entrando e disparou o tiro", contou a mãe.
A menina foi morta durante o roubo de um carro no Bairro Santa Mônica na noite desta quinta-feira (25). O assalto foi registrado quando a mãe da menina fazia compra rápida em uma mercearia. Ela foi surpreendida pelo ladrão que a arrastou pelos cabelos. Ele queria a chave do carro. Enquanto isso, Bárbara esperava a mãe no veículo. "Ele falava que ia levar todo mundo e quando chegamos no carro eu pedi para a minha filha sair do carro. Ela estava saindo, ele entrando e disparou o tiro", contou a mãe.
O tiro atingiu o coração de Bárbara. A vítima foi encaminhada para o
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU),
passou por cirurgia, mas não resistiu. Foram três horas de tentativas
para salvar a vida da criança. "Ele podia ter ido embora e deixado ela.
Muita maldade. Ele podia ter me levado e não ela", disse a mãe Liliane
Guimarães. A menina foi sepultada da tarde desta sexta-feira no
cemitério Bom Pastor.
A família autorizou a doação das córneas da menina. O pai da menina,
Sérgio Lopes, tenta compreender a perda da filha de forma tão banal.
"Isso é uma covardia. Indignação total. Não tenho nem o que falar",
lamentou.
O veículo foi localizado na madrugada desta sexta-feira no Bairro
Saraiva e encaminhado para o pátio. Os policiais têm as características
do suspeito que ainda não foi localizado. “Temos dados que vão nos
ajudar a capturar esse autor, esse covarde”, explicou o sargento da PM,
Luciano Brum.
O tenente coronel da PM, Wesley Barbosa, complementou dizendo que tem
alguns infratores cadastrados no sistema da polícia com a mesma
semelhança do suspeito, e que enviará as imagens para a mãe e demais
testemunhas para ver se alguém o reconhece. “Foi uma ocorrência que
comoveu e estamos trabalhando intensamente para identificá-lo. Não foi
um tiro acidental. Dá para perceber pela perícia, pois achamos mais um
projétil no carro, além do que atingiu a menina. Foi crueldade”, afirmou
o policial.
O tenente informou ainda que todo o setor de inteligência da PM e o
grupo de prevenção de homicídio, junto com a Polícia Civil, estão
trabalhando para identificá-lo. “É uma questão de honra esclarecer esse
fato e prendê-lo”.
Fonte: G1
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