O delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres e os agentes Luiz Antônio Pinelli, Luiz Ribamar de Brito, Luciane Faraco, Roberto Matsuuchi e Ana Cristina Matsuuchi enfrentarão julgamento na 12ª Vara Federal do Distrito Federal, conforme confirmado pelo Ministério Público Federal (MPF). A denúncia aponta que, em 2007, os acusados teriam sequestrado e torturado dois jovens, Marcelo Lamartine Coelho e Clésio Divino de Castro, suspeitos de furtar a residência dos agentes Roberto e Ana Cristina Matsuuchi. O crime teria ocorrido em plena luz do dia, com testemunhas presentes, incluindo vizinhos.
De acordo com o MPF, Anderson Torres conduziu uma investigação paralela sobre o furto, embora a competência legal para apurar esse tipo de crime seja da Polícia Civil. Três dias após o assalto, Marcelo e Clésio foram sequestrados e, segundo a acusação, submetidos a espancamentos e tortura, incluindo técnicas como asfixia por saco plástico, para confessarem o crime. No dia seguinte, as vítimas registraram um boletim de ocorrência, o que levou a exames no Instituto Médico-Legal (IML). Embora o laudo não tenha identificado lesões em Marcelo, foram constatadas marcas em Clésio no dorso e na região escrotal, causadas por instrumento contundente, como uma mão, pedaço de madeira ou pedra.
O MPF sustenta que as provas, incluindo depoimentos das vítimas e testemunhas, corroboram a denúncia. Os réus responderão por tortura, crime previsto na Lei 9.455/1997. Caso condenados, as penas podem ser agravadas devido à condição de agentes públicos dos acusados e ao fato de o crime envolver sequestro.
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