erá sepultado no sábado no Cemitério Campo da Esperança em Brasília (DF), o corpo da analista legislativa do Senado Cristiane Yuriko Miki, de 41 anos. A mulher foi morta a facadas pelo marido, Romeu Costa Ribeiro, de 55, quando retornavam de viagem para Belo Horizonte pela BR-040, na tarde de quarta-feira, mas o corpo foi levado para Brasília somente na quinta, onde ela morava com os dois filhos do casal, uma menina de 9 anos e um menino de 5.
Segundo o delegado que assumiu as investigações, Ricardo Reis Neto, da Delegacia de Polícia Civil de Ouro Preto, o empresário confessou o crime e foi autuado por homicídio doloso. A principal hipótese é de que tenha sido um crime passional, mas será preciso esclarecer detalhes sobre a convivência do casal. “Foi um crime cometido sem testemunhas e a convivência do casal não se dava em Minas. A mulher morava em Brasília e ele trabalhava viajando, mas a residência dele também seria lá.
Detalhes sobre a convivência é o que precisamos esclarecer, mas como eles não moravam aqui vai demandar um trabalho maior. Temos que entrar em contato com quem convivia para saber se haveria outro motivo”, explica.
Cristiane Miki, que trabalhava na Secretaria-Geral da Mesa do Senado, estava em Minas para ver a filha do casal, que passava férias em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, e teve que ser submetida a uma cirurgia de apendicite.
O casal seguia para Belo Horizonte quando, no trecho que antecede a descida do antigo Viaduto das Almas, teve início a agressão. O caminhoneiro disse aos policiais que o Gol dirigido pelo agressor vinha em zigue-zague pela rodovia e que percebeu que a mulher estava ensanguentada.
O marido da vítima disse à polícia que a faca estava no carro há 10 dias e era usada pra descascar frutas. As agressões teriam começado durante uma discussão. “Ele falou que realmente estariam em processo de separação mas, de fato, descobrimos que eles não eram casados oficialmente, mas tinham união estável. Um dos pontos da discussão seria sobre encontros com os filhos”, explica Ricardo Reis Neto.
Como os envolvidos do caso não viviam em Minas Gerais, as investigações vão contar com a ajuda da Polícia Civil de Brasília, de acordo com o delegado. “O processo, pelo meio normal é formar, é feito por cartas e precatórios, solicitando que a Polícia Civil acione as pessoas lá. Como está fora da nossa circunscrição, não podemos fazer diligências.
Temos que pedir que essa investigação seja feita por lá. Mas, nossos investigadores entraram em contato com pessoas relacionadas ao caso”, afirma.
De acordo com os primeiros levantamentos, Cristiane foi atingida por quatro facadas, o que deverá ser confirmado pelo exame de necropsia. Quando os policiais chegaram ao local, Romeu estava sobre o corpo da mulher, chorando, dizendo-se arrependido.
Fonte: CorreioWeb
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