Em um pronunciamento contundente nesta quinta-feira, 7 de junho de 2012, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, revelou que observadores desarmados da organização, enviados à Síria, tornaram-se alvos de disparos enquanto tentavam acessar a vila de Mazraat al-Qubeir, palco de um brutal massacre. Relatos indicam que ao menos 78 pessoas, entre elas mulheres e crianças, foram mortas na localidade, em um episódio que intensifica a crise humanitária no país.
Falando à Assembleia Geral da ONU, Ban Ki-moon classificou o ataque como “chocante e inadmissível”, expressando indignação diante da violência. Em uma crítica direta, ele afirmou que o presidente sírio, Bashar al-Assad, “perdeu toda a sua legitimidade” ao permitir a escalada de atrocidades em meio à guerra civil que assola a Síria desde 2011. O massacre em Mazraat al-Qubeir, na província de Hama, é apontado por ativistas como obra de milícias pró-governo, conhecidas como "shabiha", que teriam executado civis a sangue frio, incluindo famílias inteiras.
Contrariando os relatos da ONU, a TV estatal síria afirmou que os observadores conseguiram chegar à vila, sugerindo uma narrativa conflitante que minimiza a gravidade da situação. A missão da ONU, enviada para monitorar um cessar-fogo proposto pelo plano de paz de Kofi Annan, enfrenta crescentes dificuldades em meio à violência contínua, com combates entre forças do governo e rebeldes desafiando qualquer tentativa de trégua.
O episódio reacende o alarme internacional sobre a crise síria, que já deixou milhares de mortos e deslocados. A condenação de Ban Ki-moon ecoa apelos por ações mais firmes, enquanto a comunidade global debate como deter o derramamento de sangue. A situação em Mazraat al-Qubeir expõe, mais uma vez, a fragilidade da paz e os horrores enfrentados pela população civil em um conflito sem fim à vista.
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