A morte de Flávia Anay de Lima, de 16 anos, que caiu do 15º andar de um prédio na Zona Leste de São Paulo na madrugada de 31 de julho de 2011, está sob investigação como morte suspeita pela Seccional Leste. Inicialmente registrada como suicídio no 10º Distrito Policial, na Penha, a ocorrência foi transferida para o 31º DP, na Vila Carrão, onde a delegada seccional Elisabete Sato assumiu o caso. “Vamos apurar como morte suspeita para esclarecer todas as dúvidas”, afirmou a delegada.
Flávia morava com o namorado, Rafael Silva, jogador de 20 anos da Portuguesa, no apartamento localizado na Rua Lutécia, Vila Carrão. Segundo Sato, testemunhas serão ouvidas a partir de 2 de agosto para esclarecer os fatos. “A versão do jogador, que aponta suicídio, pode estar correta, mas precisamos investigar a fundo”, destacou a delegada, reforçando que ainda não há suspeitos definidos.
De acordo com o relato do namorado à polícia, ele e Flávia discutiram após ela buscá-lo em um bar próximo ao prédio. A briga continuou no apartamento, que foi encontrado desarrumado, com manchas de sangue nas paredes. Rafael alega que o sangue é dele, resultado de um ferimento causado por uma caixa de som atirada por Flávia durante a discussão. Segundo ele, a jovem, em um momento de descontrole, jogou objetos contra ele e, em seguida, pulou da sacada. A presença de uma cadeira próxima à varanda levou ao registro inicial de suicídio.
A polícia solicitou perícia no apartamento para analisar as evidências. Os pais de Flávia, que contestam a versão de suicídio, contrataram um advogado para acompanhar as investigações, buscando respostas sobre as circunstâncias da morte da adolescente.
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