As tropas sírias mataram ontem pelo menos 42 pessoas em Deir Ezzor. O exército invadiu a cidade com tanques durante a manhã, numa operação semelhante àquela que, uma semana antes, vitimou quase uma centena de civis em Hama. Uma outra ofensiva nas planícies de Houla, perto de Homs, resultou em 17 mortos. Os números foram avançados pelo activista Ammar Qurabi, que acrescenta mais oito civis mortos na província de Idlib em confrontos depois das orações matinais.
"De manhã cedo, colunas de tanques do exército e escavadoras, apoiados por rajadas de armas de fogo, invadiram a cidade pelas entradas Oeste e Norte. Desmantelaram as barricadas feitas pelos residentes", contou um habitante de Deir Ezzor à Reuters, acrescentando que "uma dezena de tanques tomou posição na praça principal no mercado de Jubaila" em Deir Ezzor, 400 quilómetros a nor-deste de Damasco e capital da região petrolífera de Hama. Vídeos filmados pelos residentes mostravam ontem atiradores a abrir fogo sobre a multidão que se tinha juntado nos funerais das vítimas dos dias anteriores.
No sábado, as forças fiéis ao regime tomaram a cidade de Hama aos rebeldes sírios, depois de uma semana de combates. Cerca de 300 civis foram mortos pelos tiros dos tanques e por atiradores furtivos que voltaram a entrar na cidade. Ontem, os tiroteios tinham diminuído, mas a água e as comunicações continuaram cortadas e a electricidade apenas foi restabelecida por algumas horas. A cidade é símbolo da resistência muçulmana sunita ao presidente Bashar al-Assad, de seita alauíta, minoritária na Síria desde que, há cerca de 30 anos, o pai de Al-Assad, Hafez al-Assad, então líder do país, esmagou uma alegada revolução muçulmana na cidade, matando milhares de pessoas e destruindo por completo bairros inteiros.
A tomada de Hama à força valeu ao regime a condenação por parte da ONU e mesmo da Rússia e a Turquia, aliados de Al-Assad. Um porta-voz das Nações Unidas disse ontem que "o secretário- -geral [Ban Ki-moon] exprimiu, através de uma conversa telefónica com o presidente Al-Assad, a preocupação da comunidade internacional em relação à escalada de violência e ao aumento do número de vítimas na Síria nos últimos dias" e acrescenta que Ki-moon "apelou ao presidente que deixe imediatamente de usar a força militar contra civis". O primeiro-ministro turco, Tayyp Recep Erdogan, condenou o uso da violência sobre os manifestantes antigovernamentais e informou que o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, visitará amanhã Damasco. Um conselheiro do regime sírio, Bouthaina Shabaan, reprovou a posição da Turquia, um forte aliado do governo de Damasco, por se mostrar contra "o homicídio selvagem de civis e militares por grupos terroristas armados". "Se Davutoglu vem à Síria para deixar uma mensagem decisiva, então vai ouvir mais do que palavras decisivas em relação à posição da Turquia", avisou Shabaan.
O governo sírio nega o envolvimento nas mortes de civis, que diz serem da autoria de terroristas, e afirma que, desde Março, atiradores mataram cerca de 500 soldados e polícias.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, defendeu as operações militares perante o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros, Adnan Mansour, dizendo que "é um dever nacional lidar com foras-da- -lei e criminosos que cometem roubos, cercam cidades e aterrorizam a população". Na noite de sábado, o regime já tinha anunciado a realização de eleições "livres e justas" até ao fim do ano, para "determinar a composição de um parlamento que represente a vontade do povo", segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Walida al-Moallem.
"De manhã cedo, colunas de tanques do exército e escavadoras, apoiados por rajadas de armas de fogo, invadiram a cidade pelas entradas Oeste e Norte. Desmantelaram as barricadas feitas pelos residentes", contou um habitante de Deir Ezzor à Reuters, acrescentando que "uma dezena de tanques tomou posição na praça principal no mercado de Jubaila" em Deir Ezzor, 400 quilómetros a nor-deste de Damasco e capital da região petrolífera de Hama. Vídeos filmados pelos residentes mostravam ontem atiradores a abrir fogo sobre a multidão que se tinha juntado nos funerais das vítimas dos dias anteriores.
No sábado, as forças fiéis ao regime tomaram a cidade de Hama aos rebeldes sírios, depois de uma semana de combates. Cerca de 300 civis foram mortos pelos tiros dos tanques e por atiradores furtivos que voltaram a entrar na cidade. Ontem, os tiroteios tinham diminuído, mas a água e as comunicações continuaram cortadas e a electricidade apenas foi restabelecida por algumas horas. A cidade é símbolo da resistência muçulmana sunita ao presidente Bashar al-Assad, de seita alauíta, minoritária na Síria desde que, há cerca de 30 anos, o pai de Al-Assad, Hafez al-Assad, então líder do país, esmagou uma alegada revolução muçulmana na cidade, matando milhares de pessoas e destruindo por completo bairros inteiros.
A tomada de Hama à força valeu ao regime a condenação por parte da ONU e mesmo da Rússia e a Turquia, aliados de Al-Assad. Um porta-voz das Nações Unidas disse ontem que "o secretário- -geral [Ban Ki-moon] exprimiu, através de uma conversa telefónica com o presidente Al-Assad, a preocupação da comunidade internacional em relação à escalada de violência e ao aumento do número de vítimas na Síria nos últimos dias" e acrescenta que Ki-moon "apelou ao presidente que deixe imediatamente de usar a força militar contra civis". O primeiro-ministro turco, Tayyp Recep Erdogan, condenou o uso da violência sobre os manifestantes antigovernamentais e informou que o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, visitará amanhã Damasco. Um conselheiro do regime sírio, Bouthaina Shabaan, reprovou a posição da Turquia, um forte aliado do governo de Damasco, por se mostrar contra "o homicídio selvagem de civis e militares por grupos terroristas armados". "Se Davutoglu vem à Síria para deixar uma mensagem decisiva, então vai ouvir mais do que palavras decisivas em relação à posição da Turquia", avisou Shabaan.
O governo sírio nega o envolvimento nas mortes de civis, que diz serem da autoria de terroristas, e afirma que, desde Março, atiradores mataram cerca de 500 soldados e polícias.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, defendeu as operações militares perante o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros, Adnan Mansour, dizendo que "é um dever nacional lidar com foras-da- -lei e criminosos que cometem roubos, cercam cidades e aterrorizam a população". Na noite de sábado, o regime já tinha anunciado a realização de eleições "livres e justas" até ao fim do ano, para "determinar a composição de um parlamento que represente a vontade do povo", segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Walida al-Moallem.
Fonte: ionline.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não deixe de comentar !!!!!!