quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mulher toca fogo em casa para matar o marido

Sobrou pouco da casa onde Solange Cabral do Nascimento, 31 anos, residia com o borracheiro José de Oliveira Silva, 73 anos, na rua Seredonio Francisco Marques Prado, quadra 01, no Jardim TV em Bauru (SP). O fato aconteceu na noite de segunda-feira, mas só ontem, Solange confessou ter ateado fogo no marido que estava na cama se recuperando de uma surra que havia tomado há poucos dias atrás.
Para não levantar suspeitas, ela ligou para o Corpo de Bombeiros em busca de socorro, mas antes pediu para que populares retirassem o carro da família. O casal estava junto há pouco mais de seis meses e família desconfia que a surra que Prado tomou há alguns dias também tenha sido encomendada pela mulher.
A primeira versão para o incêndio na residência contada por Solange não convenceu os policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru. De acordo com a mulher, dois homens teriam invadido a residência com um maçarico e atearam fogo na casa com o marido dentro. O corpo do marido foi totalmente consumido pelas chamas e foi retirado da casa carbonizado.
As suspeitas começaram a aparecer quando a mulher informou que os dois homens responsáveis por atearem fogo na casa fugiram pulando pelo muro do fundo da residência. De acordo com a polícia, na casa não há sinais de arrombamento e nada que leve à conclusão de que o imóvel tenha sido arrombado.
Até a tarde de ontem Solange sustentava a primeira versão, mas depois de mais de três horas de conversa com o delegado, a mulher confessou ter sido ela a autora do crime. Ela narrou ao delegado que esperou o marido dormir, forrou a casa com jornais e ateou fogo no quarto.
O delegado responsável pelo caso Clédson do Nascimento não descarta motivação financeira para o crime. "Ela contou que queria liberdade na vida, que o marido a procurava para manter relações sexuais e que ela não aceitava quando ela se recusava", disse o delegado.
A mulher contou detalhes do crime para o delegado. "Ela contou que o marido, quando percebeu o fogo, tentou fugir. Mas caiu e ela então saiu de casa deixando o marido entre as chamas", completou.
O carro da família em nome de Solange é o que leva a polícia a desconfiar de motivação financeira para o crime. Uma conta bancária recentemente aberta também reforça as suspeitas. As investigações prosseguem até o fechamento do inquérito. Solange teve sua prisão temporária decretada e foi conduzida para a cadeia feminina de Avaí no interior de São Paulo.
 
Fonte: Terra

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