Florestal Visa Impulsionar Setor com Financiamento de Longo Prazo

Roberto Farias
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Em reunião realizada na terça-feira, 19 de agosto de 2008, na Câmara Setorial de Silvicultura, em Brasília, foi discutida a criação de um título de financiamento específico para o setor florestal, com prazos mais longos para pagamento, atendendo às particularidades dos produtores. Segundo João Antônio Fagundes Salomão, coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, o novo título está em fase de definição de características. Diferentemente da Cédula de Produto Rural, que libera recursos de uma só vez, e da Cédula de Crédito Bancário, o novo instrumento busca atender à necessidade de investimentos de longo prazo no setor. A proposta, após aprovação na câmara setorial, será encaminhada à área jurídica e, posteriormente, ao Congresso Nacional.
Fernando Henrique da Fonseca, presidente da Câmara Setorial de Silvicultura, destacou que o ciclo produtivo do setor florestal no Brasil, que leva cerca de sete anos para gerar retorno, exige financiamentos com prazos mais extensos. Ele comparou o Brasil a países como Canadá (30% do mercado florestal global) e Finlândia (4%), onde o clima pode extender o ciclo produtivo para até 50 anos, enquanto a produtividade brasileira é até sete vezes superior. O setor florestal brasileiro gera mais de US$ 30 bilhões anuais, com exportações de US$ 7 bilhões. Dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) apontam que o Brasil é o sexto maior produtor mundial de celulose, com 11,9 milhões de toneladas em 2007, destinando 54% das exportações à Europa e 25% à Ásia e Oceania.

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