O Exército do Egito
pode reassumir o poder legislativo no país, após uma decisão judicial
que dissolveu nesta quinta-feira (14) o recém-eleito Parlamento, de
maioria islamita.
A Suprema Corte Constitucional do Egito invalidou um terço dos
deputados recém-eleitos e, depois, declarou inconstitucional o
Parlamento originado nas eleições legislativas.
A junta militar que havia assumido o poder no país após a queda do
ditador Hosni Mubarak reuniu-se no Cairo para avaliar as implicações da
decisão.
"O veredicto sobre o Parlamento inclui a dissolução da câmara baixa do
Parlamento em sua totalidade, porque a lei segundo a qual as eleições
foram realizadas é contrária às regras da Constituição", disse disse o
presidente do tribunal, Farouk Soltan, à Reuters por telefone, dois dias
antes do segundo turno da eleição presidencial no país.
Soltan afirmou que o veredicto era válido para todas as instituições do
Estado, acrescentando que ficará a cargo do Executivo convocar as novas
eleições parlamentares.
"A Corte Constitucional afirmou com detalhes em seu veredicto que as
eleições parlamentares não foram constitucionais e que toda a composição
do Parlamento é ilegítima desde a sua eleição", segundo a agência.
O tribunal também anunciou que mantém a candidatura de Ahmed Shafiq, ex-premiê do regime do ditador Hosni Mubarak, que enfrentará o islamita Mohamed Morsi no segundo turno eleitoral, no próximo domingo (17).
'Golpe de Estado'
A decisão do tribunal sobre o Parlamento é um "golpe de Estado total", disse Mohamed Beltagui um alto dirigente da Irmandade Muçulmana em sua página do Facebook.
A decisão do tribunal sobre o Parlamento é um "golpe de Estado total", disse Mohamed Beltagui um alto dirigente da Irmandade Muçulmana em sua página do Facebook.
Fonte:G1
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