Foto divulgada na internet mostrando um feto que seria de uma mulher obrigada a
realizar um aborto no sétimo mês de gravidez chocou internautas na China.
A mulher obrigada a fazer o aborto é Feng Jianmei, moradora da província de
Shaanxi, segundo as autoridades locais.
Segundo ativistas chineses que estão nos Estados Unidos, Feng foi obrigada a
fazer o aborto pois já tinha um filho e não tinha o dinheiro para pagar a multa
cobrada de mulheres que engravidam pela segunda vez.
"A história de Feng Jianmei mostra como a política de um filho (do governo da
China) continua sancionando a violência contra as mulheres todos os dias",
afirmou Chai Ling, do grupo ativista americano All Girls Allowed.
O governo chinês, por sua vez, nega que obriga as mulheres a realizarem
abortos em caso de uma segunda gravidez.
Levada à força
O grupo de ativistas baseado nos Estados Unidos relatou que conversou com
Feng e seu marido, Deng Jiyuan, depois do incidente.
Deng informou aos ativistas que a esposa foi levada à força para o hospital e
amarrada antes de passar pelo procedimento.
Segundo informações divulgadas pela imprensa, Feng Jianmei teria ficado
traumatizada com a experiência. As autoridades do condado onde ocorreu o
incidente, Zhenping, citadas pela imprensa local, afirmaram que Feng não foi
obrigada a abortar.
No entanto, uma investigação preliminar da Comissão de População e
Planejamento Familiar da Província de Shaanxi confirmou que ocorreu um aborto
forçado.
Sem citar o nome de Feng, as autoridades informaram em uma declaração que a
mulher obrigada a abortar estava no sétimo mês de gravidez e pediram às
autoridades locais para punir os responsáveis.
Indignação
Internautas chineses que viram a foto que seria do feto abortado expressaram
indignação.
"Isto é o que eles falam que os demônios japoneses e os nazistas fizeram. Mas
está acontecendo na realidade e não é, de forma nenhuma, um caso isolado... Eles
(as autoridades) deveriam ser executados", escreveu um leitor do site de
notícias netease.com, segundo a agência de notícias AFP.
A política de um filho por família do governo chinês gera muita polêmica e
manifestações no país. O ativista chinês cego Chen Guangcheng, que fugiu em maio
para os Estados Unidos, é um dos que lutavam contra esta política.
Chen é um advogado autodidata que protagonizou campanhas contra abortos
forçados realizados dentro da política oficial chinesa de um filho por família.
Em 2006, ele foi preso por acusações de haver danificado uma propriedade e de
ter interrompido o trânsito. Ele foi submetido a prisão domiciliar em 2010.
O ativista ganhou notoriedade mundial após realizar uma fuga cinematográfica
de sua residência, na província de Shandong, em abril, onde estava em prisão
domiciliar. Ao se refugiar na embaixada americana em Pequim, Chen causou uma
crise diplomática entre os dois países.
Fonte: BBC Brasil
isso é uma barbaridade é desumano, e por que a ONU não toma providências???
ResponderExcluirgostaria de compreender, porque as vezes vejo maior valorização na preservação da vida de tartarugas, botos, baleias etc... e quanto ao ser humano se define quantidades e qualidade de especie,se ouver alguma má formaçao, tambem é descartado.
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