SANTIAGO - Estudantes e funcionários do setor educacional do Chile ergueram barricadas em 12 pontos da capital do país, Santiago, nesta quinta-feira para protestar contra o sistema de ensino. Um dia antes de entregarem uma resposta ao Executivo sobre as reformas propostas pelo governo do presidente Sebastián Piñera, os manifestantes prometeram marchar em todos os caminhos que levam até o centro da capital, que segundo a presidente da Confederação de Estudantes Universitários do Chile (Confech), Camila Vallejo, está em estado de sítio. Até agora, 133 pessoas já foram presas.
As barricadas foram erguidas no início da manhã, horas antes dos estudantes iniciarem duas marchas, ignorando a proibição do governo, que afirmou nesta quarta-feira que usaria todas medidas necessárias para evitas as marchas. Em uma tentativa de dispersar os manifestantes, que bloqueiam ruas em Santiago, a polícia está usando carros, helicópteros e gás lacrimogêneo.
- Não vamos permitir que o país tenha donos, sejam eles estudantes ou empresários, não interessa - disse o porta-voz do governo chileno, Andrés Chadwick.
Em retaliação à repressão, Camilla Vallejo convocou um panelaço em todo o Chile, marcado para acontecer nesta quinta-feira às 21h (horário local).
De acordo com a Confech, estão previstas duas marchas para hoje, além de uma paralisação nacional no próximo dia 9 de agosto.
Há dois meses, as escolas e universidades públicas estão ocupadas e uma ampla mobilização, que chegou a reunir cerca de 400 mil pessoas nas ruas do Chile no final de junho, pede melhoras na educação.
Uma proposta de reforma educacional que incluiu um pacote de 21 medidas foi entregue pelo governo às associações estudantis na segunda-feira, sendo que muitas organizações estudantis rechaçaram o projeto por considerá-lo insatisfatório. A resposta definitiva será dada nesta sexta-feira.
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