A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira (27), nove suspeitos de fraudar benefícios do INSS na agência da Previdência Social de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, durante uma operação para cumprir 12 mandados de prisão. Segundo o INSS, sem contabilizar juros e correção monetária, a quadrilha causou um prejuízo de R$ 120 milhões, o que caracteriza a maior fraude ao sistema dos últimos cinco anos.
De acordo com o delegado, Wanderson Pinheiro, responsável pela operação, três pessoas continuam foragidas. A fraude no sistema do INSS aconteceu entre 1993 e 1994 e, segundo investigadores, 400 benefícios previdenciários foram fraudados na época.
De acordo com o delegado, Wanderson Pinheiro, responsável pela operação, três pessoas continuam foragidas. A fraude no sistema do INSS aconteceu entre 1993 e 1994 e, segundo investigadores, 400 benefícios previdenciários foram fraudados na época.
Fraude
Denominada de operação Highlander, a ação contou com 135 agentes da Polícia Federal. “As fraudes ocorreram antes da informatização do sistema do INSS. Na época, três funcionários iniciaram as fraudes. Dois deles já faleceram . O terceiro funcionário criador das fraudes e que foi preso hoje pediu demissão há quase 15 anos”, explicou o delegado.
Segundo a PF, um quarto servidor também participava do esquema. Ele alterava as datas de nascimento dos ‘ beneficiários fantasmas’. O quarto funcionário morreu em 2009.
“Essas fraudes não ocorreriam hoje em dia, pois aconteceram antes da informatização do nosso sistema. Podemos dizer que essa foi a maior fraude do INSS nos últimos cinco anos”, explicou a coordenadora operacional da assessoria de pesquisas estratégicas do INSS, Neusa Campos.
Dinheiro apreendido
Além dos 12 mandados de prisão, a Polícia Federal tinha 30 mandados de busca e apreensão para cumprir. Nesta manhã, agentes apreenderam R$ 53 mil em uma residência e R$ 20 mil em outra. “Além do dinheiro, apreendemos muitos cartões de beneficiários fantasmas e identidades falsas. Continuaremos investigando para apurar outras fraudes do sistema”, afirmou Wanderson
Segundo a PF, os usuários dos benefícios fraudulentos moviam ações na Justiça federal para reativar benefícios suspensos pela Previdência. “Muitas vezes, por motivos diferentes, os benefícios fraudulentos eram suspensos. Os criminosos entravam com ação na Justiça e conseguiam reativar os benefícios”, disse Wanderson.
Ao todo, a PF identificou a fraude em 340 benefícios ativos e cerca de 100 benefícios inativos. Segundo os investigadores, os benefícios eram recebidos por pessoas que tinham acesso a esses cartões da agência previdenciária de São Gonçalo. As prisões aconteceram em São Gonçalo e também em Búzios e Cabo Frio, na Região dos Lagos.
Fraudadora cumpriu pena
Uma das fraudadoras mais famosas do INSS é Jorgina de Freitas, que foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-miRJ), em julho de 1992, a 14 anos de prisão. Ela foi acusada de participar de um esquema de fraudes que, na década de 90, teria causado um rombo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de cerca de R$ 500 milhões. Jorgina deixou a prisão em 2010, mesmo ano em que foi condenada a ressarcir o INSS em mais de R$ 200 lhões.
Fonte G1
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