
Na noite de 24 de agosto de 2008, um Boeing 737-200 caiu momentos após deixar o Aeroporto Internacional de Manas, em Bishkek, capital do Quirguistão, uma nação montanhosa da Ásia Central. O voo, operado pela companhia local Itek Air e fretado pela iraniana Iran Aseman Airlines, tinha como destino Teerã, no Irã. Cerca de dez minutos após a decolagem, o piloto reportou falhas técnicas e tentou retornar ao aeroporto, mas a aeronave caiu em um campo próximo, explodindo em chamas. A tragédia, relatada pela agência Interfax, chocou a comunidade local e internacional.
Estimativas iniciais variam, mas fontes como Reuters indicam que 65 das 90 pessoas a bordo – 83 passageiros e sete tripulantes – perderam a vida. Entre as vítimas, estavam dez adolescentes de uma equipe esportiva escolar, possivelmente de basquete ou vôlei, dos quais sete sobreviveram e foram internados. O primeiro-ministro Igor Chudinov revelou que os passageiros incluíam cidadãos do Quirguistão, China, Irã, Turquia e Canadá. Dos 25 sobreviventes, 18 foram levados a hospitais de Bishkek com ferimentos graves, muitos com queimaduras, segundo Yelena Bayalinova, do Ministério da Saúde.
O piloto, embora vivo, estava em estado de choque ou ferido, dificultando o diálogo, conforme informou Chudinov. A Itek Air, banida do espaço aéreo europeu semanas antes devido a questões de segurança, enfrenta agora intenso escrutínio. A investigação, liderada pela Interstate Aviation Committee (MAK), busca respostas em meio a caixas-pretas danificadas pelo fogo. Uma lista oficial de vítimas e sobreviventes foi prometida para a segunda-feira, enquanto o Quirguistão, um país pobre ao oeste da China, lamenta uma de suas piores tragédias aéreas em décadas.
A base aérea americana em Manas, que apoia operações no Afeganistão, fica no mesmo aeroporto, a 26 km do coração de Bishkek, cidade de cerca de 1 milhão de habitantes. Este desastre sublinha os desafios de segurança na aviação regional, especialmente em nações com frotas envelhecidas. A nação chora, unida em solidariedade, enquanto espera por esclarecimentos que honrem a memória dos que se foram.
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