segunda-feira, 15 de março de 2010

Cartel das drogas deixa 17 mortos em Acapulco - Mexico

ACAPULCO, México — A violência ligada ao crime organizado deixou 17 mortos no sábado no porto mexicano de Acapulco. Cinco policiais do município de Tulcingo foram assassinados quando um grupo de desconhecidos abriu fogo contra eles, segundo o governo local. Outro oficial faleceu quando recebia atendimento médico. Outros cinco homens, dois deles decapitados, foram encontrados em uma estrada de Tres Palos, uma pequena comunidade indígena localizada ao oeste da zona turística de Acapulco. Dois homens, decapitados e com as mãos amarradas, foram localizados na avenida Escénica, em plena zona turística de Acapulco. As outras quatro vítimas foram encontradas em distintas zonas do balneário turístico. O estado de Guerrero, assim como o vizinho Michoacán, é área de atualção do cartel "La Familia", considerada um poderoso e sanguinário grupo emergente do narcotráfico, que o governo dos Estados Unidos aponta como o principal distribuidor de metanfetaminas. O governo mexicano mobilizou 50.000 militares e policiais federais em uma guerra contra os cartéis de drogas, que já mataram mais de 15.000 pessoas nos últimos três anos. AFP

quinta-feira, 11 de março de 2010

TORNADO ASSUSTA ENTORNO A 35 KM DO DF

Um tornado de segunda escala, com ventos de 180 quilômetros por hora, atingiu uma área rural próxima à Cidade Ocidental (GO), no bairro Jardim ABC, na manhã de terça-feira 9, e deixou oito operários que trabalhavam no local apavorados, devido à força e a destruição causada pelo vendaval. O forte vento chegou ao condomínio Espaço Residencial Alphaville entre 9h e 9h30 e atingiu dois carros que estavam estacionados em frente a uma obra, destelhou um barraco e arremessou longe uma caixa d’água e postes de iluminação. O mestre de obras José Carlos Neres, 44 anos, responsável pela construção, narrou o que viu. “Apareceu uma nuvem negra e um vento bem diferente, estranho, que nunca vi antes, com um barulho assustador, pegou fogo na rede elétrica e a energia caiu, quando foi chegando mais perto e levantando tudo corri para dentro da obra, se tivesse ficado aqui tinha me sugado. Foi o maior pânico, vi a fúria da natureza e senti muito medo de morrer”, relatou. Segundo José Carlos o tornado durou cerca de 20 minutos e causou muita destruição e medo nos oito operários que estavam no lugar. “Quando tudo se acalmou e saímos da obra vimos os carros tombados com os pneus para cima, muita madeira levantada, os postes e a caixa d’água jogados longe e as telhas caídas no chão. Foi muita loucura, dois carros foram atingidos porque só tinha dois, se tivessem outros o estrago seria ainda maior. Nunca tinha visto nada igual e espero não ver nunca mais”, disse. Um dos carros que foram danificados pela fúria do vento, um Gol, pertencia a José Carlos. “Meu carro ficou todo estragado como se tivesse passado uma lixadeira, acredito que o vento tenha virado ele várias vezes, foi perda total”, lamentou. O mestre de obras ainda narrou que o barulho do vento e o tamanho do redemoinho que se formou eram enormes. “Era um canal ligando as nuvens ao solo, uma boca aberta sugando tudo que vinha pela frente, se pegasse uma pessoa tinha estraçalhado e o barulho era como de uma turbina, um motor sugando”, explicou. O doutor em ciência florestal Ricardo Brites avaliou o vendaval como um tornado fraco. “É raro de acontecer, mas ano passado aconteceu em uma cidade de Goiás, próxima de Brasília. Esse foi um tornado de segunda escala, com vento de até 180 quilômetros por hora. Os mais fortes chegam a atingir 500 quilômetros por hora. A origem desse tornado está nas nuvens e em fatores como a umidade alta e temperatura também alta, e uma frente fria. É o que chamamos de nuvem funil, que quando encosta no solo passa a ser um tornado. O local descampado favoreceu o fenômeno, que não aconteceria em área urbana devido às edificações. O fato de ter acontecido o tornado não significa que outros vão acontecer, não há motivos para pânico, mesmo porque não há como prevenir um tornado, nem saber quando vão acontecer”, explicou. O especialista descartou qualquer relação do tornado com fenômenos como o efeito estufa ou mudanças climáticas decorrentes dele. Devido ao medo que sentiu, o mestre de obras José Carlos se refugiou no subsolo da obra, mas alguns de seus colegas se aventuraram a ficar mais tempo vendo a força do vento e chegaram a filmar com celulares o fenômeno. Uma roda de madeira usada para enrolar grande quantidade de fios, segundo outro operário, que não quis se identificar, foi levantada pelo vento, que a girou várias vezes. “Chegou a passar bem perto da porta de vidro que fechava o cômodo onde eu estava, foi um cenário assustador”, disse. Um vigia que trabalha no posto de saúde do Jardim ABC, James Rodrigues Leite, 21 anos, viu de longe o tornado e filmou o fenômeno por cerca de dois minutos, o suficiente para mostrar aos colegas a força do vento que se formava como um redemoinho gigante. “Ficou tudo escuro, as nuvens se fecharam como se fosse chover, vi um tipo de redemoinho se formando. Fiquei muito assustado, juntou muita gente aqui, deve ter durado uns 30 minutos. Se tivesse chegado aqui no ABC tinha destruído muita coisa”, avaliou. Uma equipe da Polícia Militar goiana foi até o local para ver se havia feridos, mas ninguém se feriu. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é raro acontecer um tornado, mas é possível.

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